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sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Ato contra corrupção demo-tucana ganha as ruas de SP

Os escândalos dos governos de José Serra e Geraldo Alckmin vem sendo abafados, como se fossem contidos de uma panela de pressão.

Acontece que abafaram uma quantidade grande demais de escândalos, que não estão mais cabendo na panela. A panela de pressão começa a explodir.

Quarta-feira (27) houve manifestação contra as CPIs abafadas de José Serra e Geraldo Alckmin, contra os gastos sem transparência no SERRAcard, contra a privatarias da CESP, e muitos outros escândalos.

A bancada de Deputados Estaduais do PT, do PSOL e um deputado do PV, reagiram convocando a população contra o rolo compressor de José Serra na Assembléia Paulista, que impede qualquer investigação de corrupção com dinheiro público.

Participaram do ato mais de duzentas pessoas, entre lideranças sindicais e de movimentos sociais.

Comparecerem diretores da CUT-SP, dos sindicatos dos bancários, metroviários, condutores, metalúrgicos, dos trabalhadores da saúde (Sindsaúde), energia (Sinergia), da CDHU e dos professores (APEOESP).

Os movimentos de moradia, mulheres, negros, de pessoas com deficiência, economia solidária e de combate ao racismo também estiveram presentes.

Representando dezenas de entidades, o diretor da CUT-SP, Daniel Reis, defendeu a união de todos para defender o patrimônio e dinheiro público do Estado de São Paulo.

"Precisamos, por exemplo, discutir o Rodoanel, mas não apenas os pedágios que restringem o acesso às rodovias e estrangulam o crescimento paulista pelos custos que o transporte representa. Também queremos tratar dos gastos desproporcionais ao tamanho da construção do Trecho Sul da rodovia".

Ele também lembrou da invasão das Organizações Sociais (OSs), que exercem a função do Estado na área de saúde. “Elas prestam serviço, mas não prestam contas. Precisamos de um investigação profunda sobre o assunto, queremos CPI Já”, destacou.

Trabalhadores perguntam:
Quais Deputados que apenas diz amém a Serra?

O diretor do sindicato dos bancários e funcionário da Nossa Caixa, Sabóia, defendeu a implantação de uma CPI na Nossa Caixa, que apure a sua relação com a Associação Nacional de Bancos – Asbace. A associação assinou contrato de R$ 671 milhões, sem licitação, com o Banco Nossa Caixa, em 2003. “Trata-se de um contrato nebuloso, de valor altíssimo e que permite até quarteirização de serviços. É um verdadeiro absurdo”, afirmou o sindicalista.

A diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região-CUT/SP, Raquel Kacelnikas, também destacou duas ações que envolvem a Nossa Caixa, o último banco de fomento do desenvolvimento no Estado. “O PSDB fez com que a Nossa Caixa gastasse R$ 2 bilhões para comprar a folha de pagamento dos servidores, ou seja, para adquirir o que já era dela. Além disso, Serra retirou dois bilhões da conta do governo e utilizou apenas 300 milhões. Se iria utilizar apenas parte do valor, porque sacou uma quanta tão grande? Para onde foi a quantia restante?”, alertou.

Raquel lembrou ainda que, em recente reunião com a CUT-SP, José Serra disse que não iria vender o banco ‘agora’, mas reformularia o quadro de funcionários. “Em abril podemos ter mais demissões para diminuir o prejuízo causado pelo governador. Com o enxugamento do número de trabalhadores, a instituição perde capacidade de atendimento, passa imagem de ineficiente e fica pronta para os argumentos tucanos sobre a necessidade de privatizar”.

Secretária do Sindicato dos Metroviários do Estado de São Paulo-CUT/SP, Marlene Furino, lembrou que também no caso do Metrô – motivo de manchetes recentes graças às denúncias de compras superfaturadas – a gestão José Serra utiliza a artimanha de jogar a responsabilidade sobre qualquer deficiência no colo dos trabalhadores, os principais responsáveis pela reconhecida excelência desse setor. “Nos últimos dois anos, a Companhia do Metrô carrega demissões arbitrárias e sete mortes que ainda não foram apuradas e deveriam ser alvo de CPI. Queremos que os parlamentares apurem o que acontece com o orçamento público e avaliem o impacto das terceirizações na qualidade da prestação do serviço. Porém, parece que boa parte dos deputados não tem compromisso com o povo. Nós devemos divulgar quem diz amém a Serra”, disse.

O líder da Bancada, deputado Simão Pedro, protestou: “o que acontece no parlamento paulista é uma vergonha. Os deputados da base governista se negam a assinar os pedidos de CPIs para investigar o governo Serra. A Assembléia tem 94 deputados e 71 deles se recusam a cumprir o seu papel de fiscalizar os atos do Executivo”.

O deputado Enio Tatto, líder das Minorias, enfatizou que não adianta só deputados ficarem lutando dentro da Assembléia. “É preciso ir às ruas, mobilizar a população e mostrar tudo o que realmente acontece dentro da Assembléia. A população precisa pressionar o deputados e o governo pelas investigações sérias contra todas as irregularidades tucanas”, completou Tatto.

Os deputados Cido Sério, Zico Prado, Marcos Martins, Hamilton Pereira e Mário Reali também destacaram a importância do ato fora dos muros da Assembléia, e mostrar ao povo paulista a realidade enfrentada pela oposição junto aos deputados que protegem o governo Serra, ao impedir as investigações. Eles lembraram as CPIs que precisam ser instaladas urgentemente e não conseguem as assinaturas: CDHU; máfia caça-níqueis; estatísticas criminais; baixo desempenho escolar; cartões corporativos; Ongs no governo Alckmin; das rodovias; dos Imóveis do Estado; Ipesp; fraude na licitação do Metrô.

Participaram do ato os deputados petistas: Simão Pedro, Enio Tatto, Cido Sério, Hamilton Pereira, Zico Prado, Marcos Martins, Rui Falcão, Roberto Felício, Mário Reali, Maria Lúcia Prandi, Ana do Carmo; além dos deputados Major Olímpio (PV) e Carlos Gianazzi (PSOL).

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