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sexta-feira, 27 de junho de 2008

Acusação chega ao Supremo


Está nas mãos da ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), a denúncia do Ministério Público de Roraima contra as pessoas suspeitas de envolvimento na rede de pedofilia desbaratada pela Operação Arcanjo, da Polícia Federal. O caso chegou ao STF por causa da citação ao líder do líder do PR na Câmara, Luciano Castro, que tem a prerrogativa de responder a acusações penais somente na Corte máxima. Em depoimento às autoridades no estado, uma adolescente de 13 anos, que teria sofrido abuso sexual, incluiu Castro na turma de pedófilos investigada pela PF.

A ministra estuda o caso e deve pedir ao procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, um parecer sobre o relatório dos promotores de Justiça de Roraima José Rocha Neto e Luís Antônio, autores da denúncia. Se entender que há elementos suficientes para investigar o deputado federal, o chefe do Ministério Público Federal pedirá a abertura de inquérito no Supremo.

Castro acusa adversários políticos de estarem por trás da citação de seu nome pela adolescente. “É uma acusação absurda e irresponsável. Os fatos citados pela menor jamais aconteceram, o depoimento é falso. Não há uma só evidência, prova ou testemunho de que eu tenha estado em algum bar com a menor, muito menos de ter ido a um motel em um automóvel que não possuo”, afirmou. O congressista teve o nome confirmado no fim de semana como candidato à Prefeitura de Boa Vista.

Denunciados
O Ministério Público roraimense denunciou 10 pessoas acusadas de participar do esquema criminoso, entre elas o ex-procurador-geral do estado, Luciano Alves de Queiroz; os dois empresários e irmãos José Queiroz da Silva e Valdivino Queiroz da Silva; o oficial da Polícia Militar Raimundo Ferreira Gomes; o servidor público Hebron Silva Vilhena; Lidiane do Nascimento Foo, acusada de agenciar as adolescentes; e o marido dela, Givanildo dos Santos Castro. Os acusados foram denunciados pelos crimes de estupro, atentado violento ao pudor, formação de quadrilha, exploração sexual e prostituição.

O esquema de pedofilia foi descoberto a partir de ação da Polícia Federal contra o tráfico de drogas no estado. Mais de 20 vítimas foram identificadas durante a investigação, que respaldo os mandados de prisão realizados durante a Operação Arcanjo, em 6 de junho, pela Polícia Federal.

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