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domingo, 1 de junho de 2008

Procuradoria Geral investiga promotor


A Procuradoria Geral de Justiça do Estado de São Paulo, a Corregedoria-Geral do Ministério Público paulista e o CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) investigam se o promotor Luiz Marcelo Negrini de Oliveira Mattos, 39, se beneficiou financeiramente de possíveis ligações com dois empresários suspeitos de lavagem de dinheiro e de tráfico.

Luiz Marcelo Mattos é de um grupo especial do Ministério Público: o Gaerco (Grupo de Atuação Especial Regional para Prevenção e Repressão ao Crime Organizado) do Vale do Paraíba. Segundos os documentos analisados, Luiz Marcelo Mattos teria usado sua influência como promotor para impedir que investigações contra supostos integrantes de uma quadrilha de traficantes, principalmente as pessoas suspeitas de lavar dinheiro do tráfico, servissem de base para punir supostos criminosos.

Tanto o CNMP quanto a Procuradoria e a corregedoria investigam se uma quadrilha de traficantes de drogas usava duas lojas de carros importados de luxo, uma construtora e uma locadora de carros, todas em Taubaté (130 km de SP), para lavar o dinheiro do tráfico de drogas. Apuram também se Mattos é ou não ligado aos responsáveis pelas duas empresas.

As lojas de carros importados Cosenza pertencem ao empresário José Galdioso, o Zepinho. Luiz Marcelo Mattos admite ser amigo de Galdioso. A construtora SH Empreendimentos Imobiliários Ltda. e a locadora de carros, ainda segundo a investigação, estão em nome de Marco Aurélio Mazzeo, o Marco Feio, outro que é apontado como amigo do promotor Mattos.

As quatro empresas supostamente usadas para a lavagem de dinheiro do tráfico apareceram para a Polícia Civil paulista em 2007, quando foi realizada a chamada Operação Mansão, em Taboão da Serra.Após cinco meses de investigação, policiais civis mataram, em junho de 2007, Laerte Macedo da Silva e a namorada dele, Iara Beatriz da Silva. Macedo da Silva foi apontado pela polícia como chefe da organização que traficava drogas e lavava o lucro do crime nas empresas de Taubaté.

Na casa de Macedo da Silva, a polícia achou documentos de vários carros. Um apontava que ele era dono de um Jeep Grand Cherokee, de placa DAK-8465; outro era um documento da loja Cosenza que pedia que o carro fosse transferido para o nome do promotor Mattos.

A Procuradoria Geral tem informações de que, nos últimos nove anos, o promotor trocou de carro ao menos 19 vezes. Um dos 19 veículos registrados em nome de Mattos foi um Golf GTI, que já pertenceu a Noel Simon Colontoni, preso em Mato Grosso por tráfico.Na casa de Marco Feio, dono da construtora e da locadora de carros, foi apreendido o documento de uma motocicleta Harley-Davidson, 2006/2007, que pertencia ao promotor.

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