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domingo, 22 de abril de 2012

Perillo é citado como 'irmão' por aliado da máfia bicheiro Cachoeira

Interceptações telefônicas feitas pela Polícia Federal em abril de 2011 mostram que a relação entre o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e o grupo de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, era mais próxima do que o o tucano Perillo admite.

No dia 2 de março, Perillo declarou à Folha que esteve com Cachoeira em eventos festivos

Os diálogos gravados durante a Operação Monte Carlo mostram que as demandas do grupo de Cachoeira -que está preso- eram manobradas por Wladimir Garcez.

Ex-vereador de Goiânia, ele agia como operador político e "ponte" de Cachoeira com o governo goiano.

Em um diálogo, Garcez diz a Cachoeira que teve uma conversa "de irmão" com Perillo, no gabinete do governador. Segundo Garcez, Perillo chegou a lhe segredar inúmeros dados sobre as contas do governo e pediu "reserva".

"Foi uma coisa assim, íntima mesmo, sabe", contou Garcez a Cachoeira. "Perillo até pediu para nós olharmos uma coisa para ele depois."

"Ele quer que eu olhe para ele o quê?", questiona Cachoeira. Segundo Garcez, Perillo disse que "é uma coisa que eu quero conversar com ele [Cachoeira], é porque confio nele, tá, e em você [Garcez]".

Em outra conversa, Cachoeira diz ter usado o senador Demóstenes Torres (ex-DEM) para pressionar Perillo a manter aliados do grupo em cargos do governo de Goiás.

Ao ouvir boato segundo o qual um aliado seu não seria nomeado no governo, Cachoeira reclamou: "Marconi, na hora que saber disso, vai ficar puto. Já mandei avisar ele. O Demóstenes já está ligando para o Marconi".

Cachoeira diz que a reação de Demóstenes seria forte. "Demóstenes já ia ligar para ele: 'Olha, Marconi, você está é fodido se não pôr o cara lá. (...)'. E o Marconi não vai pôr o cara? Ele tá é fodido."

O interlocutor de Cachoeira, Lenine Araújo de Souza, seu assessor, diz que o grupo estaria também perdendo um cargo do governo estadual em Anápolis (GO). O empresário afirma que Perillo não iria confirmar o novo nome no cargo. "Não vai, não. Já mandei dossiê, o Wladimir [Garcez] vai falar com o Marconi."

Outro telefonema entre Garcez e Cachoeira indica que Edivaldo Cardoso, então presidente do Detran de Goiás, repassava aos dois informações que lhe eram transmitidas pelo governador.Na última quarta-feira, Cardoso pediu exoneração do cargo. A Folha finalmente divulgando a amizade do bandido e o tucano

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