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terça-feira, 22 de maio de 2012

O destempero emocional de Francischini e Kátia Abreu cara-a-cara com Cachoeira

A sessão da CPI do Cachoeira, onde o bicheiro depôs e ficou calado, revelou mais pelo comportamento estranho de alguns parlamentares.

E dois deles deram "bandeira": o deputado Francischini (PSDB-PR) e a senadora Kátia Abreu (PSD-TO). Ambos estiveram bem acima do tom, e ainda se apresentaram com uma patética ingenuidade, como se estivessem surpresos e "indignados" com um suposto chefe de organização criminosa não "abrir seu coração" e se recusar a confessar espontaneamente todos seus supostos crimes ao vivo e em cores.

O que leva um experiente policial federal licenciado, como Francischini, acostumado aos rituais da boa técnica de conduzir inquéritos, a iniciar suas perguntas já sentenciando o bicheiro em diversas infrações ao código penal? É óbvio que ninguém responderia nenhuma pergunta nestes termos (a não ser no "pau-de-arara" da tortura).

Em geral, há duas razões que podem explicar esse tipo de comportamento:

1) Querer desesperadamente demonstrar um afastamento maior do que teria de fato com Cachoeira;

2) intimidar o depoente a calar-se, e também afastar gestos de afagos, caso se tratasse de velhos conhecidos;

O mesmo se aplica ao histerismo da senadora do Tocantins, estado em que o inquérito da Operação Monte Carlo da Polícia Federal mostra intensa atuação da turma de Cachoeira.

Não se pode acusar os dois parlamentares de envolvimento com Cachoeira somente pelo destempero emocional suspeito, mas seria interessante que repensassem sobre como são vistos por boa parte da população quando querem dar seu show em CPI's para as câmeras de TV's.

Em contraste com Francischini, vieram as palavras de bom-senso de outro delegado licenciado, o deputado Protógenes (PCdoB-SP). Ele disse não haver surpresa no silêncio de Cachoeira (tamanha a encrenca em que está metido), e que há fartas provas materiais para serem analisadas nos inquéritos da Polícia Federal, independente dos envolvidos não colaborarem com testemunhos. Cabe aos membros da CPI arregaçarem as mangas em cima deste material.

4 Comentários:

marilamar disse...

a Katia Abreu nao aguentou olhar nos olhos do Cachoeira, o maior doador financeiro do PSDB/DEM/PSD/PPS e pediu o encerramento da CPMI, pois o Francischini( olhar neste site que é ele………http://www.chicovigilante.com.br/noticias/?id=504). Ficou nervoso tb e atacou o Cachoeira(disfarçando), assim como outros politicos da oposiçao que tb ficaram nervosos na presença do Sr Cachoeira. Nao vejo a hora da CPMI chegar em Mato Grosso, Tocantins, Rio de Janeiro, e em especial Sao Paulo, terra da garoa do Cachoeira….kkkkkkkkkkkkkkkk

Wagner disse...

Ta na cara a intenção: posar para as cameras como maiores interessados em esclarecer o escandalo, ao mesmo tempo em que o bicheiro se escuda no ex-ministro de lula, tudo devidamente editado no JN. É só ver pra crer.

josé lopes disse...

Seria uma estratégia da CPMI não manter preso o Cachoeira. Porque o Marco Aurélio falou quando inquerido durante a CPMI do suposto "mensalão quando interrogado? É porque não estava preso. Se Cachoeira estivesse livre ele falaria com medo de ser preso. Elementar, meu caro Watson.

Unknown disse...

Nooossa!, então a Katia ficou indignada com o Cachoeira não falar nada, quando ele tem essa prerrogativa!... Que coisa, não?

Esse é o exemplo que o país precisava! Agora já podemos dizer pros nossos filhos: "não seja chefe do crime organizado, você pode acabar sendo chamado de nomes muito feios". Faltou chamar o Cachoeira de "bobo" e "feio".

Ela não pooooode ter relação com ele, gritando daquele jeito, tããão indignada. Duvido!

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