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domingo, 17 de junho de 2012

Bancos ficam com a fatia do leão na partilha do dinheiro do narcotráfico

Por que nunca ou quase nunca prendem chefões do tráfico nos Estados Unidos? Talvez os narcotraficantes mexicanos e colombianos dominem totalmente um dos negócios mais rentáveis do planeta? A reposta parece indicar para que os chefões de países consumidores como EUA são os bancos que lavam o dinheiro e as autoridades que permitem que floresça o narcotráfico.

O diário britânico The Guardian faz uma interessante reportagem sobre o estudo Anti-Drugs Policies In Colombia: Successes, Failures And Wrong Turns, realizado por Alejandro Gaviria e Daniel Mejía, ao que parece o mais completo até a data no que se refere à análise dos mecanismos financeiros que operam no tráfico de drogas, especificamente a cocaína colombiana.

O estudo revela que só 2,6% do valor gerado pela cocaína produzida na Colômbia permanece nesse país, enquanto o restante 97,4% é capitalizado por sindicatos criminosos e bancos que lavam o dinheiro em países consumidores de primeiro mundo. Este minúscula derrame econômico contrasta com a grande violência gerada nos países onde a droga é produzida, e onde centram a guerra contra a droga. Gaviria, um dos autores, faz uma provocante analogia:

- "O que pensariam os estadunidenses se os índices de homicídios disparassem em Seattle porque o consumo e o negócio da cocaína migrasse ao Canadá?". Calcula-se que a cocaína colombiana é um negócio de 300 bilhões de dólares ao ano, dos quais só 7,8 bilhões ficam na Colômbia.

- "Se os países como Colômbia se beneficiassem economicamente do tráfico de drogas, existiria um verdadeiro sentido em tudo isto. No entanto, pagamos o preço dos ganhos de outros -Colômbia e agora o México", recalcou Gaviria.

Daniel Mejía acrescenta que existe uma grande diferença entre as normas nos bancos colombianos e nos bancos em países como Estados Unidos, onde não pesquisam a lavagem de dinheiro com o mesmo cuidado.

- "Todo o sistema operado pelas autoridades nas nações consumidoras é baseado em ir atrás do pequeno produtor, o elo mais débil na corrente e nunca atrás do grande negócio e dos sistemas financeiros onde estão as grandes quantidades de dinheiro… É tabu perseguir os grandes bancos. É suicídio político neste clima econômico porque a quantidade de dinheiro reciclado é muito alta".

Há dois anos iniciaram uma investigação no banco Wachovia (Wells Fargo) por lavar 380 milhões de dólares do narcotráfico mexicano. O banco admitiu ter transferido 110 milhões de dólares do México para os Estados Unidos e não monitorar 380 milhões. Estranhamente, dois anos depois o banco foi absolvido e ninguém foi preso. Esta é a imperante impunidade destas instituições que são muito grandes para cair.

(Do Metamorfose Digital, a partir do The Guardian)

2 Comentários:

Anônimo disse...

Não ´s só nos ditos países do primeio, também aquizinho no Rio, ptrendesem-se traficantes e seus ointermediadores da droga, todos eles apenas soldados do tráfico, enquanto os donos da grna que traz a droga e as armas descansom em seus apartamentos em São conrado, Barra, Leblon, Avenida Atlantic outros lugars de alto e médio luxo, curtindo a grana arrecadada. Já o nosso saudoso (felizmente, não por ter falecido, mas por estar morandono exterior, sabemos bem as causas) afirmava isso tudo, justificando sua saída da Secretaria de Segurança, onde estava fazendo um trabalho excelente.
Guerra contra as drogas é eufemismo para aumento desse comércio maldito e de seu consumo,sobretudo em território do "paladino da ljuta contra o narcotráfico e pelos direitos humanos).

Indignada lulista

Geysa Guimarães disse...

Que horror!
De lavagem em lavagem, eles vão sujando o Mundo.

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