Pages

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Arruda é condenado no caso violação do painel eletrônico do Senado


Na época, Arruda era  líder do governo FHC no Senado

Onze anos após o escândalo da violação do painel eletrônico do Senado, na votação secreta que levou à cassação o senador Luiz Estevão (PMDB-DF), a Justiça Federal em Brasília condenou o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda e mais três pessoas por improbidade administrativa. O juiz Alexandre Vidigal de Oliveira, da 20ª Vara Federal, considerou que Arruda praticou ato de improbidade ao ordenar a quebra do sigilo da votação.

O magistrado não aceitou a justificativa, apresentada por Arruda em depoimento à Justiça, de que, na noite anterior à decisão sobre Estevão, não determinou a Regina Célia Borges, então diretora do Serviço de Processamento de Dados do Senado (Prodasen), que violasse o painel eletrônico. O ex-senador disse ter pedido a ela para conferir a segurança do equipamento, ressaltando que falava em nome do então presidente da Casa, Antonio Carlos Magalhães (do extinto PFL e atual DEM), morto em 2007.

No início de 2001, quando o escândalo eclodiu, Arruda negou qualquer envolvimento no acesso à lista de votação. Pouco depois, confessou ter recebido o material e, ameaçado de cassação, renunciou ao mandato.

Participação

Para o juiz, baseado em vários depoimentos colhidos ao longo do processo, Arruda "teve participação expressiva nas ações de articulação dos envolvidos e de acesso e conhecimento das informações sigilosas obtidas".

"No caso dos autos, evidencia-se que José Roberto Arruda buscou por vontade própria, deliberada e conscientemente, atuar, determinando providências que resultaram na violação do painel do Senado, violação esta consubstanciada no conhecimento dos votos proferidos na sessão do dia 28 de junho de 2000, com a quebra do sigilo constitucional da votação", sentenciou o juiz, em decisão do dia 10 de agosto.

Arruda foi condenado à suspensão dos direitos políticos por cinco anos, ao pagamento de 100 salários de senador (contracheque da época da cassação de Estevão) e ainda ficou proibido de ter contratos com o poder público.

3 Comentários:

Ana Cruzzeli disse...

Esse sim foi um dos maiores escândalos da historia do país.

Pressionaram uma servidora publica para cometer crime e tiveram efeito todos os atos, sabe-se lá que tipo de proventos tiveram de tudo isso.

Esse fato é gravissimo, mas pode ser pior. Há indicio que isso era curriqueiro, sistemico na era FHC. Parece que havia ordens ao ACM para que ele e seu grupo fizessem tais violações e acompanhar todas as votações de interesse da quadrilha do FHC.

O caso da compras de voto na gestão do FHC deve com toda a certeza ter sido monitorada pela violação sistemica do painel.

Infelizmente esse fato não pode ser mais apurado, pois coincidentemente depois que Lula tomou o poder o sistema de voto informatizado foi todo ¨MODERNIZADO¨ e o rastreio nas violações não podem ser mais apuradas. O medo no parlamento era enorme com a vitoria da esquerda.

O caso cachoeira é só a ponta desse ¨iceberg¨ ( ele não é o cerebro da quadrilha) que foi a institucionalização do crime no poder.

Quando os ministros do SUPREMO julgarem esses herois nacionais( tirando o SAFADO do Roberto Jefferson) devem medir exatamente o que foi a era MALDITO do FHC, onde o crime era regra e começou a ser combatida pela era Lula.

Eu ainda não entendi como o Lula não caiu e ainda fez uma sucessora, afinal a coisa no governo federal era FEIA, feia feia e feia.

Realmente o povo tem GRANDE PODER. Amém.

Leo disse...

Não adianta botar advogado para dizer lorotas,tudo foi tão verdade que ele proprio falou em plenario tudo, e para não ser cassado como todos os safados faziam para continuar na politicas deixou a função de senador.

josé lopes disse...

Esta é um questão que nos causa consternação. 12 anos se passaram e só agora a sentença? E o mais grave nisto tudo é que um jornalista na época concedeu álibe falso para Arruda tentar escapar de sua responsabilidade. Este jornalista se chama Noblat e agora escreve no Globo. Defendendo com certeza os "princípios editoriais" daquele jornal. Imaginem se não tivessem este "Princípio Editorial". Vejam o vídeo do depoimento do Arruda e o álibe falso do Noblat. Está no Youtube: http://www.youtube.com/watch?v=Wf7DsNgP9EU

Postar um comentário


Meus queridos e minhas queridas leitoras

Não publicamos comentários anônimos

Obrigada pela colaboração