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domingo, 19 de agosto de 2012

Em Goiás, atuação de Demóstenes como procurador causa polêmica


Os primeiros processos destinados ao procurador de Justiça Demóstenes Torres têm como réus um suposto batedor de carteira, um acusado de revender drogas para um morador de rua e um jovem acusado de roubo que tenta converter a prisão em prestação de serviços. Após ser cassado pelo Senado por colocar o mandato a serviço do bicheiro Carlinhos Cachoeira, Demóstenes retomou o cargo de procurador no Ministério Público de Goiás em 20 de julho.As informações são do Globo

Ao mesmo tempo em que ajuda a definir o destino de réus, o ex-senador também é investigado. Desde 30 de julho, uma comissão formada por quatro procuradores de Justiça é responsável pela sindicância aberta na Corregedoria Geral do MP de Goiás para apurar supostas infrações administrativas cometidas por Demóstenes.

Dos quatro procuradores, três manifestaram solidariedade ao então senador após a deflagração da Operação Monte Carlo, entre eles o corregedor-geral, Aylton Flávio Vechi. A ata do Colégio de Procuradores de Justiça que registra o apoio é de 26 de março, quase um mês depois da operação. O apoio de Vechi foi extensivo ao irmão de Demóstenes, Benedito Torres, procurador-geral de Justiça de Goiás. A manifestação ocorreu três dias antes de virem a público, no GLOBO, gravações mostrando que o então senador pusera o mandato a serviço do bicheiro.

A presença dos dois na instituição desperta constrangimento entre os colegas. Benedito, citado em conversas telefônicas do grupo de Cachoeira, é investigado pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). O delegado da PF responsável pelas investigações, Matheus Rodrigues, encaminhou à Procuradoria-Geral da República um documento com os diálogos, sugerindo ao subprocurador geral Oswaldo Barbosa "diligências que entender cabíveis". Em viagem, Barbosa não comentou.

Já o MP de Goiás sustenta que não cabe à PGR "qualquer investigação" sobre a conduta de Benedito. A competência seria do MP estadual. A assessoria do MP diz ainda que não há suspeição contra a comissão que de sindicância e que considerações sobre as manifestações do ex-senador nos processos criminais devem ser feitas pelo corregedor-geral, que não estava no MP na sexta. "O procurador Demóstenes continua atuando na esfera criminal e, até o presente momento, não deu nenhuma sinalização de que pretenda migrar para a área cível."

Até 29 de fevereiro, dia da deflagração da Operação Monte Carlo, Demóstenes era o mais influente senador da oposição, fiscal das gestões petistas, carrasco de parlamentares sujeitos à cassação e até cotado para candidato à Presidência da República. Cassado em 11 de julho, voltou ao MP e passou a despachar em processos em que boa parte dos réus não tem dinheiro para pagar advogados e dependem de defesa constituída pelo Estado ou de assistência jurídica patrocinada igrejas e ONGs. De 23 a 31 de julho, Demóstenes proferiu despachos em dez processos. Advogados dos réus se dividem sobre sua credibilidade.

- É um grande procurador, apesar das intempéries políticas - disse Carlos Cruvinel, advogado de um suposto batedor de carteiras.

Já o advogado Ronaldo Guimarães tem outra opinião:

- É uma pouca vergonha! Demóstenes não tem credibilidade para se manifestar no processo.

3 Comentários:

Anônimo disse...

é um achincalhe da Justiça brasileira (se é que ela existe).

Anônimo disse...

Após ser cassado pelo Senado por colocar o mandato a serviço do bicheiro Carlinhos Cachoeira, Demóstenes retomou o cargo de procurador no Ministério Público de Goiás em 20 de julho.As informações são do Globo

Como uma pessoa cassada por colocar o mandato a serviço do bicheiro Carlinhos Cachoeira, ainda permanece no serviço público?

sueli de carvalho silva silva disse...

Em Goias o povo clama justica:
Chamem o ladräo!!! chamem o ladräo!!!

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