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domingo, 7 de julho de 2013

Joaquim Barbosa recebe R$ 580 mil em benefícios que antes criticava



 Crítico dos gastos do Judiciário, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, recebeu R$ 414 mil do Ministério Público Federal por conta de controverso bônus salarial criado nos anos 90 para compensar, em diversas categorias, o auxílio-moradia concedido a deputados e senadores.

Chamado de PAE (Parcela Autônoma de Equivalência), o benefício já foi repassado para 604 membros do Ministério Público Federal, incluindo Barbosa. O pagamento consumiu R$ 150 milhões.

Embora legalizados, auxílios do gênero provocaram polêmicas ao longo dos anos. A mais recente é travada no CNJ (Conselho Nacional de Justiça), presidido por Barbosa. Em breve, o conselho vai analisar uma proposta que pede a suspensão do pagamento de auxílio-moradia a juízes trabalhistas.

No mês passado, o CNJ autorizou o pagamento de cerca de R$ 100 milhões a oito tribunais de Justiça nos Estados relativos a auxílio-alimentação. Barbosa foi contrário, e sua posição contra os penduricalhos salariais ganhou amplo destaque. Ele chamou de "esdrúxula" e "inconstitucional" a resolução do CNJ.

O ministro ironizou o benefício ao dizer que "não cabe a cada Estado estabelecer auxílio-moradia, auxílio-funeral ou auxílio-paletó".

Em 2010, o próprio Barbosa foi relator de pedido da Associação dos Juízes Federais que buscava reconhecimento do direito dos juízes ao auxílio-moradia em ação no STF.

Ao negar a liminar, o ministro escreveu que o auxílio "não serve para complementar a remuneração do magistrado federal, mas sim para indenizá-lo por despesas que surgem da sua designação para o exercício em localidade distante".

Em 2000, a Procuradoria Geral da República estendeu aos procuradores os efeitos de resolução do STF que determinava o pagamento da PAE aos ministros do tribunal. Em 2002, a resolução virou lei.

Além desse auxílio, o presidente do STF recebeu, em 2007, R$ 166 mil (ou R$ 226,8 mil, em valores corrigidos) mediante a conversão em dinheiro de 11 meses de licenças-prêmio não gozadas.

Esse benefício, não mais em vigor, permitia que um servidor recebesse três meses de folga a cada cinco anos de vínculo empregatício. A ideia era estimulá-los a efetivamente tirarem as folgas, mas muitos, como Barbosa, preferiram não usá-las, deixando que elas se acumulassem.

Em outubro de 2007, o Conselho Nacional do Ministério Público autorizou a conversão em dinheiro, no ato da aposentadoria, das licenças-prêmio e férias não gozadas.

Somando os dois benefícios, o presidente do STF recebeu do Ministério Público Federal R$ 580 mil referentes ao período em que ele foi procurador. Corrigido pelo IPCA, o total atinge R$ 704,5 mil. - As informações são da Folha

4 Comentários:

Edir Macedo da Silva disse...

Lula, esse indivíduo ajudou a CENTRAL LOBO DE SONEGAÇÃO a queimar você e o PT perante o povo brasileiro. É essa a REPUTAÇÃO ILIBADA de um MINISTRO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL? Eu defendo o IMEDIATO AFASTAMENTO desse sujeito, que está envergonhando o JUDICIÁRIO BRASILEIRO. Se essa marmota se achar caluniado ou injuriado pelos comentários que faço, peço a ele, se tiver coragem e a consciência tranquila, de me processe, PREFERENCIALMENTE, no maior TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO MUNDO que é o TRIBUNAL DO "GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO". Lula, mais uma vez, publique meu comentário.

Hugo Haffner disse...

Façam o que eu digo, não o que eu faço e esqueçam tudo que eu escrevi.

Garcia disse...

"Venha a nós ao vosso reino nada"

Unknown disse...

Servidores Deuses do judiciário. Eu um simples servidor, estou aguardando para receber um mísero precatório alimentício de menos de quinze salários mínimos há vinte anos.

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