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quinta-feira, 25 de julho de 2013

Militantes da Rede de Marina querem que ela recuse doações de banco e empreiteira



Manchete do jornal Estadão em 2010

Militantes que apoiam a criação do novo partido da ex-senadora Marina Silva, a Rede Sustentabilidade, querem que sejam vetadas doações de bancos e empreiteiras numa eventual campanha dela à Presidência em 2014. O partido em gestação já proíbe, em seu estatuto preliminar, recebimento de dinheiro de fabricantes de bebidas alcoólicas, cigarros, armas e agrotóxicos. O assunto foi debatido em fórum realizado anteontem em São Paulo, com a presença de apoiadores e políticos que devem assumir posições de comando na Rede. 

Bancos e empreiteiras lideram o ranking de doações para campanhas eleitorais no País. No caso das construtoras, há sempre o questionamento sobre futuros conflitos de interesse já que essas empresas são, normalmente, executoras de grandes obras públicas. Em 2010, quando concorreu à Presidência pelo PV, Marina recebeu doações de empresas que hoje estão na lista negra da Rede: R$ 400 mil da Ambev e R$ 100 mil da Bunge Fertilizantes. As construtoras Andrade Gutierrez (R$ 1,1 milhão), Camargo Correa (R$ 1 milhão), Construcap (R$ 1 milhão) e o Itaú Unibanco (R$ 1 milhão) também deram as suas contribuições para a campanha. 

A ligação de Marina com o setor financeiro, no entanto, vai além dessa cifra. A ex-senadora é amiga de Neca Setúbal, herdeira do Itaú. É ela quem cuida de uma área essencial a qualquer partido: a captação de recursos. A participação de Neca na criação da nova legenda é defendida pelos marineiros: "Ela não é vista como filha de banqueiro"....afirma o deputado Walter Feldman (SP), que deixa o PSDB para entrar na Rede.

Ontem, após participar de um encontro com jovens no Rio, Marina foi questionada pelo Estado sobre a nova sugestão de seus apoiadores. Ela afirmou que as regras para doações ainda estão sendo aprofundadas e admitiu que está em debate a possibilidade de a Rede só aceitar doações de pessoas físicas  na  campanha presidencial. Em 2010, a maior parte dos R$ 24,1 milhões arrecadados por Marina vieram de pessoas jurídicas. Só o vice na época, o empresário Guilherme Leal, da Natura, doou R$ 12 milhões.(Agência Estado)

 A ex-ministra conseguiu apenas R$ 170 mil de doações de pessoas físicas pela internet nos 58 dias em que um site ficou disponível para arrecadação.


Doações de Marina:

 R$ 24,1 mi foi o total arrecadado por Marina Silva em 2010, quando disputou a Presidência pelo PV 

R$ 3,1 mi foi o total doado por três empreiteiras:

 Andrade Gutierrez (R$ 1,1 mi)

 Camargo Corrêa (R$ 1 mi) 

 Construcap (R$ 1 mi) 

R$ 1 mi foi quanto o Itaú Unibanco doou à campanha da ex-senadora

 R$ 400 mil foi a doação da Ambev, que hoje não seria aceita pela Rede 

R$ 100 mil foi a doação da Bunge, que seria igualmente recusada

2 Comentários:

C.Paoliello disse...

Dilma está cutucando a onça com vara curta, desnecessariamente, no caso de várias decisões simultâneas que estão desagradando à categoria médica por falta de diálogo. O veto à lei do Ato Médico, que vinha sendo discutido por todos no Congresso há onze anos, a questão de trazer médicos de fora sem revalidar o diploma, a extensão do curso de medicina para o SUS, o programa Mais Médicos, a abertura de mais faculdades de medicina, etc.
A Presidenta precisa ser lembrada que o médico tem contato diário com muita gente que atende nos ambulatórios públicos municipais, estaduais e federais. E poderia conversar mais com seus órgãos de representação: Conselho Federal de Medicina, Associação Médica Brasileira, Federação Nacional dos Médicos, etc.

COMPERJ - Comunidade Pobre do Estado RJ disse...

Malandro é o Deputado Walter, já vai chegar empregando familiares por conta da verba partidária.

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