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sábado, 3 de agosto de 2013

Propinão tucano no metrô surrupiou R$ 1,9 bilhão dos cofres públicos


Deu no jornal Estadão que no escândalo do propinão tucano no metrô, o dinheiro surrupiado dos cofres públicos através do superfaturamento chegou a R$ 1,925 bilhão (em valores atualizados), somando os rombos em São Paulo (governos Alckmin e Serra) e no Distrito Federal (governos de Joaquim Roriz e José Roberto Arruda).



Superfaturamento de cartel do trem em SP e no DF teria chegado a R$ 577 mi

Governos teriam gastado 30% a mais em cinco licitações alvo de fraudes, de acordo com documentos obtidos pelo Estado; primeiro contrato dividido entre empresas do setor metroferroviário teria sido o da Linha 5-Lilás do Metrô

Os governos de São Paulo e do Distrito Federal podem ter gastado até 30% a mais, ou R$ 577,5 milhões, em cinco contratos suspeitos de serem alvo de cartel entre empresas nacionais e estrangeiras do setor metroferroviário. A suposta fraude foi denunciada pela alemã Siemens ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Documentos obtidos pelo Estado mostram que, com o esquema, esses contratos chegaram a R$ 1,925 bilhão (em valores atualizados).

O Estado procurou as empresas, mas só nove das 20 se manifestaram. Em nota, a Siemens informou que, desde 2007, faz esforços para aprimorar sua administração e coopera integralmente com as investigações. Ao todo, 44 executivos - de presidentes a gerentes - de empresas de 11 países foram acusados de participação nas tratativas mantidas para impedir que a disputa dos contratos levasse à prática de preços menores do que os oferecidos pelas empresas.

De acordo com documentos da Siemens a que o Estado teve acesso, o grupo se considerava blindado por pelo menos um de seus contratantes: a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). A suspeita é de que agentes públicos tenham recebido propina das empresas para fazer vista grossa ao cartel durante os governos dos tucanos Mário Covas (1995-2001), Geraldo Alckmin (2001-2006) e José Serra (2007-2010).

Os papéis da Siemens mostram que um de seus executivos manteve um diário no qual escreveu, em 8 de julho de 2002: "Enquanto a Alstom mantiver seu preço acima do preço da Siemens, e a CPTM bloquear qualquer ataque, a Siemens será vencedora." Trata-se de referência direta à negociação para a divisão entre as empresas dos contratos para a manutenção de trens S2000, S2100 e S3000.

Além deles, a lista de licitações viciadas inclui o fornecimento de material para a Linha 2-Verde do Metrô no trecho Ana Rosa-Ipiranga, para a Linha 5-Lilás no trecho Largo 13-Santo Amaro, para a manutenção dos trens s2000, s2100 e s3000, para a manutenção de trens do projeto Boa Viagem (CPTM, contrato de R$ 276 milhões) e para a manutenção de trens do Distrito Federal. Em um sexto caso - a manutenção de trens dos projetos 320 e 64 da CPTM -, a ação do cartel só não deu certo porque a espanhola CAF, uma das acusadas, não chegou a um acordo, ganhando as licitações com preço menor.

Funcionários. A ação do cartel ainda se estendeu aos contratos da Linha 4-Amarela do Metrô. O acerto entre as empresas começou depois de a Siemens conseguir contratar dois funcionários da multinacional francesa Alstom.

Segundo documento da Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), do Ministério da Justiça, os dois funcionários "possuíam formação técnica relacionada a serviços de manutenção de trem e metrô e, à época da licitação, trabalhavam na manutenção do Metrô DF, serviço que era prestado pela Alstom, IESA E TCBR". Como o edital exigia "que o licitante vencedor apresentasse qualificações", que eram detidas pelos dois funcionários, a Alstom teve de entrar em acordo com a Siemens. Em troca, a empresa alemã seria subcontratada nos trechos 1 e 2 da Linha 4.

O acordo entre as empresas previu que dois consórcios disputassem o contrato. Deveriam oferecer preços entre 94,5% e 95% do valor previsto pelo governo do Distrito Federal. Quem vencesse subcontrataria o perdedor em até 48% do contrato, que ficou na época em R$ 77,3 milhões (R$ 103,4 milhões atuais).

Acertos. Além de e-mails e do diário do executivo da Siemens, o Cade, os procuradores da República e os promotores do Ministério Público Estadual têm em mãos os depoimentos de seis executivos da empresa alemã, que confessaram a prática de cartel de 1998 a 2008.

O primeiro contrato dividido entre as empresas foi o da Linha 5-Lilás, contratado pela CPTM. O acerto entre elas foi feito em reuniões no escritório da Mitsui e da TTrans, em São Paulo. Entre os dias 1.º e 6 de junho de 2000, formou-se o consórcio Sistrem. Ele reunia todas as empresas que haviam sido pré-qualificadas pela CPTM para fornecer o material ferroviário ao governo. As empresas decidiram quais os preços que cada uma apresentaria.

Assim também foi feito na primeira licitação de manutenção de trens: os vencedores foram o consórcio Cobraman (Alstom, a canadense Bombardier e a CAF), que obteve o contrato para os trens S2000; a Siemens (trens s3000); e o consórcio Consmac (s2100), formado por Alstom e CAF, que subcontratou a Bombardier, a japonesa Mitsui e a chilena Temoinsa. Siga o Facebook do nosso blog aqui 

5 Comentários:

Paulo disse...

Esse propinão disputa com a corrupção "off shore" da Globo qual o maior furto da História. Benza Deus!

Regis disse...

Se o sobrepreço é de 30% nos custos de trens em São Paulo valeria a pena questionar se foi com a mesma gordura que o governo do estado de São Paulo contratou a linha amarela. Sabe-se que os tucanos adoram fazer graça com dinheiro e serviços públicos aos seus sócios privados.

nahumpereira disse...

Concordo plenamente com a abolição de comentários de "anônimos". Qualquer covarde se sente homem e tanto quando se esconde no anonimato. Por isso, a meu ver, quem não tem a coragem suficiente para assumir o que diz não merece a menor consideração.

Paulo Ribeiro Júnior disse...

Infelizmente, muitos morreram nos hospitas, muita criança ficou sem merenda, muitos aposentados ficaram nas filas e foram penalizados com esta verdade que só chegou agora, depois de longos 20 anos de psdb que mergulhou o país em dez anos que entraram para a história como a década perdida, mas insaciáveis pelo gosto do poder ainda atazanaram por mais dez anos um governo popular de esquerda, legítimo e de conquistas sociais históricas e indiscutíveis...Não é de se comemorar, pois isto foi a desgraça de muitos, sendo que os únicos desgraçados deveriam ser estes tucanos. Mas a mídia golpista, sonegadora de informações,junto com a elite raivosa e as viúvas da ditaduras não podem ser esquecidos...Eles que deveriam ser o baluarte independente da democracia e a única voz dos injustiçados ou a denúncia dos imorais. Se tivessem sidos imparciais, investigativos e éticos tudo isto poderia ter sido cortado pela raiz. Mas não foram. Fizeram tudo ao contrário e ainda denegriram e inverteram a moral de quem estava certo e depois aliados a uma justiça corrupta, endeusada e altamente direitista fizeram mil mentiras virarem verdades. O PT, a população excluída e a credibilidade das instituições foram os maiores perdedores. Glória aos blogueiros da internet investigativa que pressionou e apresentou as provas mesmo ante a recusa dos ditos cujos e contando com a força do destino e do tempo puderam comprovar que o BEM sempre vence no final, mesmo às custas de tanto sofrimentos,calúnias, difamações e desânimo de se defender ante as rodas esmagadoras de uma minoria bem enraizada nas instituições e valendo-se até de sangue para manter-se a qualquer custo no poder.

brasilpensador.blogspot.com disse...

DEIXA ESSA covardia para os ladroes, hipócritas, facistas, golpistas que ficam por traz sacaneando os blogs que dao apoio ao governo. parece que ate hoje a IstoÉ não conseguiu se livrar dos hackers que entraram no site dela. tudo porque falou a verdade botou para o povo brasileiro saber quem é o PSDB globo veja, e seu PIG sujo. Quem quiser postar que dê as caras, seja homem, covardes não podem ficar por aqui

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