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sexta-feira, 18 de abril de 2014

Pesquisa do Ibope não veio boa para Dilma, mas veio muito pior para oposição.


A pesquisa Ibope divulgada ontem apontou queda de 3 pontos para Dilma (tinha 40% e caiu para 37%). Mesmo assim, esse número, se for o resultado das urnas, signfica vitória com folga no primeiro turno, já que todos os demais candidatos somam 25%.

Tem coisas esquisitas na pesquisa que levanta suspeitas, mas não é bom negligenciar, até porque a presidenta foi alvo de intensa propaganda negativa disfarçada de noticiário. Logo, não é surpresa ter caído alguns pontos.

Porém a pesquisa veio muito pior para a oposição. Os adversários de Dilma estão empacados há meses. Nem quando ela cai, os outros sobem. Não serve de desculpa dizerem que são "desconhecidos", porque seus nomes estão em pré-campanha no noticiário há mais de um ano. Se não sobem é porque não conseguem ser atrativos. A desculpa servia para não liderar as pesquisas, mas não serve para justificar não subir. A verdade é dura: Aécio Neves e Eduardo Campos são ruim de povo.

A preocupação da campanha de Dilma tem que ser com a estratégia oposicionista de "sangramento", ou seja, desconstruir sua imagem via imprensa demotucana, para que o eleitor primeiro fique "sem candidato" e depois tentar emplacar um oposicionista no vazio deixado. As chances de dar certo para a oposição são menores do que de dar errado. Dilma tem demonstrado resistência, mantendo o favoritismo, mas não é bom brincar. Algum resultado a estratégia de "sangramento" está dando, com queda na popularidade sem que haja motivos reais para isso.



Mas se Dilma perdeu o céu de brigadeiro que tinha e voa com nuvens carregadas, a oposição enfrenta uma tempestade das bravas, ao não conseguir se firmar como expectativa de poder.

Eduardo Campos (PSB) aparece com decepcionantes 6%, mesmo após exposição na TV com a propaganda partidária e apoio de Marina Silva. A própria Marina, quando substitui Campos, caiu para 9% no Ibope (uma inexplicável diferença em relação ao Datafolha). Dá a impressão da candidatura Campos estar queimando os últimos cartuchos, ficando sem munição, e sem conquistar nada de novo.

Aécio Neves também continua empacado com 14%, mesmo com ampla exposição na TV, via propaganda partidária e no noticiário.

O quadro é da candidatura Dilma parecer um grande rio na época da seca, menos caudaloso do que era antes. Mas o mesmo clima adverso que atingiu Dilma faz secar mais ainda os rios da oposição.

A oposição alega que após a Copa, com a campanha nas ruas e na TV, vai crescer. Mas isso vale também para Dilma. É como a temporada de chuvas que enche tanto os rios menores como os maiores.

Pesquisas nesta fase tem a função de animar ou desanimar aliados e financiadores de campanha. Mesmo perdendo 3 pontos, a expectativa de vitória continua com Dilma e cada vez mais distante da oposição. Isso afasta a tentação de candidatos regionais e partidos aliados da presidenta debandarem para o oposição, e desanima financiadores de campanha a apostarem em candidatos oposicionistas que mais parecem "cavalos paraguaios", ou seja, não parecem ter gas para vencer. Com isso Dilma deve preservar uma ampla vantagem no horário eleitoral de TV durante a campanha.

A eleição não está decidida. Tem muito jogo para ser jogado até outubro. Mas, mesmo perdendo três pontos neste mau momento, o que é ruim para Dilma, pior está para a oposição.

Por ora, a maior preocupação é com a oposição no noticiário. O maior adversário no momento continua sendo o PIG (Partido da Imprensa Golpista) que está conseguindo produzir pequenas baixas seguidas em sua popularidade.

1 Comentários:

Joana Andrade disse...

Está na hora de Lula entrar com tudo. Não pode deixar para a última hora. Começa a colar na Dilma desde já, defender o governo, mostrar que foi e será a continuidade de seu governo. Chega deste distanciamento de "ex-presidente". Nós sabemos que Lula é nosso maior trunfo para animar o povo e despertar a esperança. Cadê as inserções do PT na TV e rádio?

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