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quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Com pressa, Datafolha vai testar cenário com Marina


Enquanto todos choram a morte de Eduardo Campos, o  Datafolha, do grupo do jornal Folha de São Paulo e do site Uol, tem pressa para arrumar substituto para Campos. O instituto  registrou nesta quarta (13) pesquisa de intenção de voto à Presidência para testar o cenário em que Marina Silva se torna candidata do PSB. Também testará a hipótese de o PSB ficar sem candidato. As entrevistas começam nesta quinta (14) e terminam dois dias depois. Serão ouvidos 2.884 eleitores. A pesquisa foi registrada sob o nº BR-00386.

 O diretor do instituto Datafolha, Mauro Paulino, afirma que Marina Silva tiraria mais votos de Aécio do que de Dilma. O perfil dos eleitores da ex-senadora, argumenta, é mais parecido com o tucano do que com o da Dilma. Concentra-se nos grandes centros urbanos, em cidades com mais de 200 mil habitantes, mais escolarizados e com renda mais alta - como o de Aécio. Já Dilma tem mais preferências entre os eleitores de municípios com menos de 100 mil habitantes, menos escolarizados e com renda mais baixa.O  Datafolha, antecipou para esta semana levantamento que seria feito na segunda e terça-feira.

Apesar de a imprensa ter pressa em emplacar Marina, alguns políticos não veem essa facilidade

Os socialistas e Marina  enfrentaram divergências nas alianças regionais, especialmente nos grandes centros. Em São Paulo, por exemplo, ela é radicalmente contra a aliança com o PSDB de Geraldo Alckmin - o PSB indicou o deputado Márcio França como vice na chapa tucana. No Paraná, o partido de Campos também indicara o apoio à reeleição de Beto Richa (PSDB), e não uma candidatura própria. No Rio, Romário (PSB) tornou-se candidato ao Senado na chapa do petista Lindbergh Farias, deixando para trás as candidaturas defendidas pela ex-ministra ao governo de Miro Teixeira (Pros) e Alfredo Sirkis (PSB), que postulavam concorrer ao Palácio Guanabara. 

 Até o último momento, o embate regional gerou controvérsias. Marina não estava no avião de Campos, que caiu em Santos, porque o presidenciável do PSB cumpriria uma agenda de campanha ao lado do governador de São Paulo e candidato à reeleição pelo PSDB, Geraldo Alckmin. O Correio apurou, no início da noite de ontem, que uma das exigências de setores do PSB para aceitar que Marina substitua Campos é que ela respeite os acordos regionais firmados pela legenda.

 Ontem mesmo, às 16h, Campos gravaria uma nova rodada de programas para o horário eleitoral. Desde que a aliança dele com Marina foi fechada, a estratégia era abusar da imagem de ambos, como uma maneira de mostrar ao eleitorado que eram duas forças políticas unidas, sem predominância de um sobre o outro. No dia da convenção nacional do partido que homologou a candidatura ao Planalto, um dos cuidados dos marqueteiros do PSB era colocar os banners com os retratos de ambos do mesmo tamanho, para evitar hierarquização.

 Uma prova de que a escolha de Marina não é automática, ou que empolgará o PSB, pode ser medida pela declaração pouco entusiasmada de Alexandre Rands, um dos assessores mais próximos de Campos, sobre o potencial de votos da ex-senadora. "O eleitor de Eduardo sabe que pode confiar nele, inclusive para governar. Acredito que Marina não consiga a mesma credibilidade de todos os setores sociais que elegiam Eduardo como seu candidato. No início ela deve rapidamente apresentar preferências eleitorais maiores do que ele tinha, até mesmo porque é mais conhecida. Entretanto, ela terá mais dificuldade de crescimento ao longo da campanha, já que encontra mais resistência em segmentos sociais mais amplos do que Eduardo", respondeu, por e-mail, ao jornal  Valor Economico.

Sobre uma reaproximação com o PT, Rands não descartou a possibilidade. "Os objetivos do PT e do PSB são os mesmos: Melhor distribuição de renda e mais crescimento com proteção social. Apenas as estratégias para atingir esses fins diferem. Assim, todos os momentos em que os fins forem o tema mais importante de segmentação política entre os partidos, os dois sempre estarão juntos. Somente quando as estratégias a tentar alcançar os fins, os dois partidos poderão estar separados", disse. 

1 Comentários:

José Carlos Lima disse...

Veja só que absurdo, uma oposição sem a menor chance de vitória, nem mesmo com todos os meios de comunicação ajudando, chega a uma situação de precisar da morte de uma liderança para ter alguma chance de vitória
http://www.viomundo.com.br/politica/emilio-rodriguez-pesquisometro-estadual-da-dilma-524-e-aecio-297-dos-votos-validos.html

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