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quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Dilma "incorporou" Lula no excelente discurso. Só faltou um recado contra sonegadores.


No discurso da presidenta Dilma que abriu a reunião ministerial de terça-feira (27), se alguém tinha dúvidas sobre os compromissos do governo dela com a inclusão social, distribuição de renda, geração de empregos, direitos trabalhistas e desenvolvimento social e humano, ela eliminou estas dúvidas.

Para Dilma o ajuste fiscal não é nenhuma guinada política, nem desvio de rumo, é apenas uma ferramenta necessária de usar momentaneamente para reequilibrar as contas, uma das condições para ter recursos para continuar o projeto implantado no governo Lula desde 2003, que ela segue e vai continuar seguindo.

O desequilíbrio nas contas públicas ocorreu após os esforços feitos nos últimos anos de crise com desonerações e incentivos para geração de empregos e crescimento, que deu resultados até aqui, evitando recessão e desemprego, mas deu sinais de esgotamento em 2014, necessitando reequilibrar. Entretanto, segundo Dilma, as metas estabelecidas foram dimensionadas para surtir efeito na queda de juros e da inflação até o fim do ano, na retomada do crescimento e geração de empregos, mas não são drásticas a ponto de provocar recessão nem desemprego.

Dilma citou casos de sucesso da economia brasileira e medidas de estímulo à produção e a exportação que estão sendo preparadas.

O conteúdo do discurso ficou até parecido com os discursos do presidente Lula.
Além de reafirmar os compromissos de um governo popular e progressista, Dilma deu uma guinada na atitude de silêncio que o governo teve no primeiro mandato, liberando e até exigindo dos ministros que desmintam sempre os boatos do PIG (Partido da Imprensa Golpista), não deixando informação deturpada prevalecer, nem informação importante ficar escondida.

Dilma avisou a todos os ministros que continuará não tolerando casos de corrupção e combatendo todos os casos que forem descobertos. E isso é diretriz de governo para todos os ministérios seguirem. As mudanças na legislação propostas na campanha eleitoral para fortalecer o combate à corrupção serão encaminhadas ainda no primeiro semestre.

Também disse que a Petrobras sairá deste processo como a empresa com maior controle e integridade do Brasil. Disse que não adianta quererem atacar a Petrobras para outros grupos levarem vantagem, porque o regime de partilha para o pré-sal continuará e a política de conteúdo nacional também.

Disse que os criminosos precisam ser punidos, mas sem matar as empresas e empregos no Brasil.

Só faltou também dar um recado direto para os grandes sonegadores. Da mesma forma que ela disse propor mudanças para julgar mais rápido casos de corrupção, é preciso haver maior rapidez na cobrança de grandes sonegadores que ficam protelando o pagamento durante anos.

Agora só falta aparar as arestas com as Centrais Sindicais sobre algumas das medidas. O ministro Miguel Rosetto está encarregado deste diálogo.

1 Comentários:

Zilda disse...

Faltou coerência do programa da campanha com a equipe e as medidas adotadas e as que virão. No discurso Dilma nem falou na regulação da mídia, fundamental para fazer o combate às "inverdades" da imprensaZona.

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