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sábado, 4 de abril de 2015

Gasto público em ensino no governo Lula e Dilma atinge 6,6% do PIB e supera os países ricos


Em dez anos, verba para ensino médio aumenta quatro vezes
 Após oito anos de expansão contínua, os gastos públicos brasileiros em educação atingiram uma proporção da renda nacional elevada para padrões mundiais.

São 6,6% do PIB (Produto Interno Bruto, medida da produção e da renda gerada no país), segundo dados recém-apurados pelo governo e relativos ao ano de 2013. Em valores de hoje, algo como R$ 360 bilhões anuais.

O percentual já supera a média de 5,6% apurada em 2011, dado mais recente, entre os países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), na maior parte ricos.

O Brasil destina ao setor  de educação uma parcela de sua renda superior, por exemplo, à reservada pelos EUA -mas os alunos americanos recebem muito mais dinheiro, por viverem em um país mais rico.

Ao longo da última década, segundo dados obtidos pela Folha, o gasto anual de União, Estados e municípios por estudante da rede pública quase triplicou: de R$ 2.213 em 2003, em valores corrigidos, para R$ 6.203 em 2013.

A meta brasileira, fixada em lei, é atingir 10% do PIB até 2024, algo inexistente nas principais economias globais.A mudança no direcionamento dos recursos,é elogiado por educadores. Em 2000, o aluno de graduação custava 11 vezes o aluno do ensino básico; hoje, essa diferença é de pouco menos que quatro vezes. (Resumo da Folha)

Em 10 anos, verba para ensino médio aumenta 4 vezes

Principal gargalo da educação do país, o ensino médio recebeu, na última década, uma injeção de recursos superior às demais etapas do ensino.

Em 2003, o gasto anual por aluno do ensino médio era de R$ 1.483, o menor entre todas as etapas -em seguida, aparecia o dos anos finais do fundamental, com custo de R$ 1.858.

Dez anos depois, o valor saltou quase quatro vezes, chegando a um total de R$ 5.546. O crescimento da verba, no entanto, não foi acompanhado de uma melhoria expressiva nos indicadores de qualidade.

Ao contrário, o Ideb (principal indicador de qualidade da educação básica no país) mais recente, divulgado ano passado, apontou queda no desempenho dessa etapa em 16 Estados. Além disso, o resultado nacional ficou abaixo da meta estipulada pelo governo federal.

"Essa é uma resposta de longo prazo. O investimento feito vai ter [repercussão] numa geração mais à frente", diz o secretário-executivo do MEC, Luiz Cláudio Costa.

Presidente do Consed (conselho de secretários estaduais de educação), Eduardo Deschamps aponta três fatores para o aumento de recursos não ter repercutido de forma expressiva em indicadores de qualidade.

São eles: a falta de um currículo mais bem definido, as deficiências do aprendizado adquirido ainda no ensino fundamental e o modelo dessa etapa de ensino, focado principalmente no ingresso em universidade.

"Ele deveria ser mais voltado para a educação profissionalizante", afirma ele, secretário do Estado de Santa Catarina. (FF) 

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