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segunda-feira, 30 de maio de 2016

Operação Aequalis prende secretario de Anastasia e mira esquema de financiamento de campanhas do PSDB


Nárcio Rodrigues (PSDB) foi um dos presos pela força-tarefa do Ministério Público, Polícia Federal e Rotam.Operação mira esquema que teria financiado campanhas do PSDB


Segundo fontes da investigação, há provas de que Rodrigues se valeu de contratos relacionados ao projeto Hidroex para captar recursos ilícitos para campanhas eleitorais do PSDB em 2012 e 2014.

A Polícia Militar e o Ministério Público Estadual de Minas Gerais deflagraram na manhã desta segunda (30) uma operação que cumpre 16 mandados. Entre os alvos então o ex-secretário de infraestrutura do governo Anastasia e ex-presidente do PSDB de Minas Nárcio Rodrigues, que foi levado para a sede o Ministério Público em Belo Horizonte.

Rodrigues teve decretada prisão temporária de cinco dias. Segundo fontes da investigação ouvidas pela Folha, há provas de que o tucano se valeu de contratos relacionados ao projeto Hidroex para captar recursos ilícitos para campanhas eleitorais do PSDB em 2012 e 2014.

Também foram cumpridos mandados em Frutal, no Triângulo Mineiro, cidade natal do tucano que funciona como sua base eleitoral, São Paulo e Belo Horizonte.

A Operação foi batizada de Aequalis, e significa 'igualdade', em latim.

Nárcio é visto como homem forte de Anastasia e também do senador Aécio Naves (PSDB-MG), chegando a despontar como um dos principais interlocutores quando foi deputado federal e Aécio governador de Minas.

'VERÁS QUE UM FILHO TEU NÃO FOGE À LUTA'


 Na votação da aprovação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara, o deputado Caio Nárcio (PSDB-MG), filho de Rodrigues, votou pelo afastamento da presidente Dilma citando a honestidade do pai.

"Por um Brasil aonde meu pai e meu avô diziam que decência e honestidade não eram possibilidade, eram obrigação", disse Caio antes de votar a favor do impeachment. O deputado encerrou a fala com a citação: "Verás que um filho teu não foge à luta".

Caio Nárcio acompanhou o pai até a dese do Ministério Público na manhã desta segunda. Até o momento que teve contato com a reportagem, o tucano não tinha nenhum advogado atuando em sua defesa.

Caso Hidroex

No  dia 30 de abril, o Ministério Público de Minas Gerais havia instaurado inquérito civil para apurar irregularidades em obras públicas no município de Frutal, no Triângulo Mineiro, durante gestão do então governador Antonio Anastasia (PSDB), atualmente senador.

A investigação,  estava sob responsabilidade do Grupo Especial de Promotores de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e seguia em sigilo.

Reportagem da “Folha de S.Paulo” na edição do dia 29 de abril mostrou que uma auditoria realizada pela Controladoria Geral de Minas apontou corrupção, desvios e mau uso de dinheiro público na construção do complexo “Cidade das Águas”, centro de pesquisa e gestão em recursos hídricos instalado na cidade.

A controladoria auditou amostra de R$ 37,7 milhões da obra, 16% dos R$ 230 milhões do projeto. Dessa parte, os danos aos cofres públicos chegaram a R$ 18 milhões, 48% do investigado. As irregularidades incluem pagamentos indevidos a empresas por serviços não prestados ou em desacordo ao contratado, superfaturamento, não entrega de equipamentos, armazenagem e controle inadequado e restrição à competitividade de licitações.

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