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terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Desemprego atinge 12,3 milhões, 36% a mais que em 2015


O desemprego manteve a tendência de alta em 2016, e encerrou o ano com taxa média de desocupação de 11,5%. NO quarto trimestre, o percentual subiu para 12%, segundo dados divulgados nesta terça-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da pesquisa Pnad Contínua. Esse é o maior índice da série histórica do indicador, iniciada em 2012.

O Brasil tinha 12,3 milhões de pessoas desocupadas no trimestre de outubro a dezembro, o que representa um aumento de 2,7% em relação ao trimestre de julho a setembro e de 36% na comparação com o último trimestre de 2015.

O rendimento médio dos trabalhadores se manteve estável em relação ao trimestre anterior e ao quarto de 2015, ficando em R$ 2.043. Em relação ao trimestre de julho a setembro, a categoria dos empregados no setor privado sem carteira teve queda no rendimento de, em média, 3,7%.

A elite leva o país ao caos, e quem sofre são os 19 milhões de desempregados

Dados do IBGE divulgados nesta terça-feira (31) afirmam que o número de desempregados no país chega a 12,5 milhões de pessoas. Se somarmos a este total os 6 milhões de pessoas que correspondem a uma força de trabalho voluntária, que já desistiu de procurar emprego, chegamos a um universo de quase 19 milhões de desempregados.

Diante de um crise social desta proporção, o que estas 19 milhões de pessoas devem sentir vendo que a responsável pelo buraco financeiro no país é a corrupção da elite privilegiada do empresariado e da política?

Qual a reação que esta constatação pode provocar num país continental como o nosso? País onde nem a Organização Mundial da Saúde consegue ter dados para confirmar se o mosquito da dengue transmite ou não a febre amarela também. A saúde pública está perdida em razão da falência do estado. Se a febre amarela silvestre furar a barreira urbana, o que poderá acontecer nas áreas abandonadas das grandes metrópoles, onde 10, 15 milhões de pessoas vivem no abandono, sem saneamento, esgoto e as mínimas condições de saúde?

Enquanto isso, se discute quem vai presidir o Senado e a Câmara. Casas que já tiveram entre seus presidentes nomes emblemáticos, grandes intelectuais, juristas e escritores - Floriano Peixoto, João Goulart, Ulysses Guimarães, Olavo Bilac, entre outros - hoje veem como principais candidatos à presidência ricos como empresários de sujeira ou quem sequer tem curso superior completo.

O que esperar deste país?

E se esses senhores que vierem a dirigir um dos Poderes do país estiverem citados em delações da Lava Jato? É maçante bater nesta tecla, mas é espetacular a ansiedade que vivemos se isso se constatar nos próximos meses, quando a crise social poderá estar alavancando a raiva dos que não aguentam mais a fome, o caos na saúde e o abandono à própria sorte.

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