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quinta-feira, 26 de abril de 2012

Até tu, Miro Teixeira? Blindando a Veja?

Deu na coluna Painel da Folha:
O deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) vai argumentar na CPI, com base no artigo 207 do Código de Processo Penal, que é vedado o depoimento de testemunha que por ofício tenha de manter sigilo, como jornalistas. O PT tenta levar parte da mídia para o foco da investigação.
Comento:

Isso é traição a memória e ao legado de Leonel Brizola, o fundador do PDT de Miro.

Brizola nunca abaixou a cabeça para a TV Globo e venceu a emissora no escândalo da Proconsult, nas eleições de 1982. Ele teve também embates homéricos com os Civita, donos da revista Veja.

Jornalistas tem sim o direito assegurado pela Constituição de preservar o sigilo da fonte, mas isso não significa que não possam responder perguntas sem revelar o sigilo.

Inclusive há vários precedentes. Para citar um exemplo, em 22/2/2005, o jornalista da revista Veja, Policarpo Júnior, prestou depoimento no Conselho de Ética da Câmara em processo contra o então deputado André Luiz (ex-PMDB-RJ), que era acusado de extorsão na CPI da Loterj por... advinha quem? Carlinhos Cachoeira.

O relatório final da CPI da Loterj indiciou e recomendou a prisão de Cachoeira. As matérias publicadas na revista Veja, naquela época, retratavam o bicheiro como se fosse apenas um empresário de jogos, vítima de extorsão.

Hoje, sabe-se que constam 200 telefonemas entre Policarpo Júnior e Cachoeira dentro da Operação Monte Carlo da Polícia Federal.

Quanto à luta para acabar a corrupção e cartel dos barões da mídia, o deputado Miro Teixeira já tem maus precedentes: tomou posições mais próximas dos demotucanos do instituto Millenium, inclusive sendo agraciado com uma generosa entrevista nas páginas da revista Veja.

11 Comentários:

joaquim de carvalho disse...

Jornalista é jornalista, bandido é bandido.
Se praticou atos que nada têm a ver com a profissão de jornalista, que responda por eles.

Djijo disse...

Esse tal de Miro nunca me enganou.

Cristiana Castro disse...

Cachoeira, não é fonte, é bandido. Mesmo que fosse fonte, o trabalho do jornalista, seria o de trabalhar as informações obtidas e não o de veicular os atos criminosos do bando, a saber, as gravações ilegais, obtidas. O trabalho de Policarpo, na quadrilha, é cristalino, sua tarefa era a de repercutir a arapongagem para que as outras mídias repicassem. Além disso, as explicações que seu Policarpo, quiser dar, tem que ser dadas na CPMI, como todos os outros envolvidos. Seu Policarpo, foi flagrado em 200 grampos; não foram 2 ou 3; ao lado de Demóstenes é o maior parceiro de Cachoeira, até agora. Se a CPMI é para investigar o Cachoeira e suas ligações, não há como deixar de fora, o sujeito que recebeu o maior número de ligações, seja ele, quem for. Até pq, numa delas, o próprio bicheiro, revela que era o fabricante dos Escândalos da revista. Não existe a menor possiblidade, de Policarpo e Civita não serem convocados.
A publicação do 247, se comprovada, configura mais um crime, que é o de chantagem, cuja pena é de 4 a 10 anos de reclusão, além de multa. Que as câmeras de segurança do gabinete visitado, ofereçam as imagens do chantageador. Chantagem é para ser denunciada pois que é CRIME e não acatada.
Miro Teixeira, não é pedetista, apenas vale-se de uma legenda que atrai muitos votos, por conta de seu fundador, Leonel Brizola, que o povo fluminense, sempre amou e respeitou, EXATAMENTE, pelo fato, de nunca se curvar aos interesses da Rede Globo e, por causa disso, a emissora ter destruído sua carreira. Miro Teixeira, envergonha o Rio de Janeiro e tenta atrair para a lama em que ele vive o nome de Leonel Brizola; não vai conseguir, nunca.

Luis disse...

Miro, pelegão.

Ana Cruzzeli disse...

Senhor Miro desconhece o tramite juridico e a CMPI tem a função de coletar provas, não cabe julgar ou condenar.

Assim sendo não o que temer senhor Miro, o cara é chamado ele com certeza estará repleto de advogados que o instruirão a não delatar ¨fontes¨. Isso não impede que a comissão chame.

A questão é ver a cara do meliante como ele se comporta diante da plateia e em sendo pressionado quem sabe ele diz que não há FONTE alguma e que tudo foi uma invencionice na revista?

Quem sabe um pingo de moralidade não apareça na criatura, não é mesmo? Eu tenho duvida, mas a CMPI não pode deixar de chamar, não vai poder prender, afinal os advogados da Veja com certeza irão com os tais habeas corpus preventivo.

Agora o dono da revista e o editor não estão protegidos pela lei. O dono não assinou nenhuma matéria e o editor também não. A lei só protege o suposto reporter feitor da reportagem, ninguém mais.

Na ansia de defender a liberdade de expressão o Miro defende a liberdade de manipulação . Aí não pode deputado, ai não pode

Cristiana Castro disse...

Testemunha, não! Ele é testemunha, de quê???? Ele é interlocutor de membros da quadrilha!

Unknown disse...

Qual eh a sua surpresa? Miro Teixeira sempre serviu muito bem a associacao patronal mafiosa da midia Brasileira. Surpreendeu-se a toa Os cariocas o conhece:-)m bem.

Roberto disse...

Onde o deputado argumentará "...com base no artigo 207 do Código de Processo Penal, que é vedado o depoimento de testemunha que por ofício tenha de manter sigilo, como jornalistas.", quem sabe ele tenta, antes, mudar o texto do artigo 207 para:"que é vedado o depoimento de testemunha que por ofício tenha de manter sigilo, como jornalistas CRIMINOSOS."
Daí ele terá o sucesso que tanta almeja...

henrique de oliveira disse...

Desde quando mentiras e invensões dos "jornalistas" tem que ter sigilo?

Carlos Ribeiro disse...

O Miro sempre comeu no mesmo côxo que o PIG.>

Anônimo disse...

todo jornalista tem o direito de manter sigilo sobre a sua fonte, por isso não pode ir a depoimento para ser coagido a entregar a fonte. A questão é que todos conhecem a fonte do senhor Policarpo Jr. O sigilo sobre quem repassava as informações para a Veja já foi quebrado. O que faria na comissão é explicar sua relação com uma organização criminosa.

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