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quinta-feira, 5 de abril de 2012

Primo do deputado Caiado na mira da PF

Um primo do deputado federal Ronaldo Caiado (DEM-GO), que pediu votos para o parlamentar nas eleições de 2010 por meio do Twitter, foi investigado pela Polícia Federal (PF) para a Operação Monte Carlo. O empresário Conrado Caiado Viana Feitosa é considerado "peça-chave em mais um engenhoso empreendimento do grupo criminoso", como cita o inquérito da PF.

O primo de Ronaldo Caiado desenvolveu um site para o grupo de Carlinhos Cachoeira — o brazilbingo, hospedado na Argentina —; manteve contatos com o bicheiro e com um dos principais integrantes da quadrilha, Lenine Araújo de Souza, com quem trocou ligações telefônicas; e participou da constituição de uma empresa no Uruguai em nome de Lenine, com capital de US$ 2 milhões, segundo a PF. "Foram utilizadas contas bancárias em Curaçao, Estados Unidos e Reino Unido, mais uma prova do alcance internacional do grupo", cita o inquérito. A empresa sediada no Uruguai não tem conta em Curaçao." Segundo ele, o país emite a "licença mais séria e lícita para exploração de jogos de azar". Ele admitiu ter sido apresentado a Carlinhos Cachoeira.

Conrado Caiado divulga o logotipo do DEM em sua conta oficial no Twitter. Em três postagens no microblog, o empresário defendeu a candidatura de Ronado Caiado à Câmara e comemorou a vitória do primo. Também são recorrentes as viagens a Curaçao, uma ilha ao norte da Venezuela, no Mar do Caribe, conforme postagens no Twitter. "Muito feliz com a reeleição do Ronaldo em GO como terceiro deputado federal + votado no estado", cita numa dessas postagens. "Depois de Aruba, Bonaire, Curaçao e Londrina, enfim um fim de semana em Brasília", diz em outra postagem. Informações do jornal Correio Braziliense


1 Comentários:

Joao A. disse...

Além da já conhecida manobra de Demostenes tentar ir para o PMDB, a Epoca mostra uma conversa que encrimina o Governador Siqueira Campos (PSDB-TO), ex-governador do Tocantins e fala sobre a tentativa da quadrilha de conseguir um negócio multimilionário em relação ao transporte coletivo no DF, governado pelo PT. A Revista liga a quadrilha ao STF.

***

De acordo com as gravações, o STF já era alvo de ações de Cachoeira. Na mesma conversa em que fala sobre Dilma, ele pede a Demóstenes para tentar influenciar uma decisão do ministro Luiz Fux, do STF. Estava na mesa de Fux um recurso do ex-governador do Tocantins Marcelo Miranda, impedido de assumir uma vaga para a qual fora eleito no Senado, por ter sido condenado por “abuso de poder político” na eleição de 2006. “Ele (Miranda) é um cara nosso”, afirma Cachoeira a Demóstenes. Miranda recorreu ao STF, e Demóstenes prometeu atender ao pedido de Cachoeira e ajudar. O ministro Fux afirma não ter sido procurado por Demóstenes. “O senador não falou comigo sobre isso”, disse Fux a ÉPOCA. “Se ele tivesse me procurado, eu o teria recebido, sem nenhum problema.” Em uma primeira decisão, Fux deu ganho de causa a Miranda. Dez dias depois, mudou sua decisão e cassou o registro da candidatura. “Depois que fui informado de que ele havia sido cassado na Justiça Eleitoral por abuso de poder político, e não pela Lei da Ficha Limpa, eu modifiquei a decisão”, afirmou Fux.

Outra gravação revela que, entre uma e outra decisão de Fux, houve tempo para a turma de Cachoeira comemorar a vitória parcial. A conversa ocorreu entre Cachoeira e Cláudio Abreu, diretor agora afastado da Delta Construções, apontado pela polícia como sócio de Cachoeira numa empresa. Num papo cheio de intimidades, um empolgado Abreu chama Cachoeira carinhosamente de “viado” e “desgramado”. Ele o avisa da decisão sobre Miranda. “Chefia, o Marcelo Miranda é senador”, diz Cláudio. “O bom é que eu sei que ele vai ser procurador seu e meu, né?”

Na mesma conversa, Abreu e Cachoeira emendam outro assunto de estratégia político-empresarial no Tocantins. Abreu defende que a parceria com Miranda não represente uma ruptura com o adversário dele, o ex-senador Eduardo Siqueira Campos. Eduardo é secretário de Relações Institucionais no governo chefiado por seu pai, José Wilson Siqueira Campos, conhecido como Siqueirão. Cachoeira questiona se vale a pena continuar apostando em Eduardo Siqueira. “Eduardo também é bom, Carlinhos. Não pode falar mal dele não, cara”, diz Abreu. “Ele mandou dar o negócio pra nós lá: a inspeção veicular do Tocantins.”

"Em outra conversa captada pela polícia, Cachoeira e Abreu discutem a possibilidade de a Delta Construções obter um contrato na agência do governo de Brasília responsável pelo transporte público, a DF Trans. Cachoeira queria que a Delta fosse agraciada com um contrato de R$ 60 milhões para atuar no sistema automatizado de cobrança de passagem nos ônibus. Segundo ele, seria possível aumentar o valor do contrato em 30%. Cachoeira pede a Abreu que fale em nome da Delta porque “aí pesa mais”. A Delta afirmou que desconhece qualquer assunto relativo ao DF Trans e afirma não ter contratos com a estatal."

Fonte: http://revistaepoca.globo.com/tempo/noticia/2012/04/o-alvo-deles-era-dil...

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