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terça-feira, 15 de maio de 2012

Os amigos de Demóstenes: Gurgel e esposa

Quem acompanha os desdobramentos da briga entre a Procuradoria-Geral da República e Polícia Federal afirma que a subprocuradora Cláudia Sampaio, sob críticas dentro do próprio Ministério Público, reagiu às críticas do delegado Raul Alexandre para obter apoio interno na instituição. Cláudia, a quem a PF atribui a responsabilidade por paralisar as investigações decorrentes da Operação Vegas, é acusada por membros dos dois órgãos de atrasar outras apurações, como a Boi Barrica (rebatizada de Faktor), que investigou negócios do empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).

A nota respondendo a Cláudia Sampaio foi só a primeira de uma série de estocadas que as entidades ligadas à PF prepara para o primeiro-casal da Procuradoria-Geral da República.

Hoje a ADPF (Associação dos Delegados da Polícia Federal) vai divulgar nota ainda mais dura, em que atesta a "idoneidade dos delegados responsáveis pelas operações Vegas e Monte Carlo" e diz que a sociedade espera respeito mútuo entre as duas instituições.


O senador Fernando Collor (PTB-AL) apresentou ontem requerimento para levar a subprocuradora-geral Cláudia Sampaio Marques à CPI do Cachoeira. O pedido de Collor para convocar Cláudia baseia-se no depoimento que o delegado Raul Marques Sousa prestou na semana passada em sessão reservada da CPI

Tal marido, tal mulher: Procuradora não quis investigar Demóstenes, diz PF

A Polícia Federal afirmou ontem que o delegado Raul Alexandre Marques Souza, da Operação Vegas, não pediu para a Procuradoria-Geral da República suspender o caso como forma de não atrapalhar outras investigações.

A decisão, tomada em 2009, adiou a revelação dos laços do senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) com o empresário Carlinhos Cachoeira, suspeito de comandar um esquema de corrupção.

A nota da PF conta  a versão de Cláudia Sampaio, subprocuradora-geral da República e mulher do procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Ela afirma que a decisão de não levar adiante as investigações da Operação Vegas foi tomada em conjunto com o delegado Souza.

A PF sustentou ontem que a decisão de paralisar a Vegas para esperar novos elementos não foi tomada em conjunto com a Procuradoria, que tinha a competência para decidir sobre o caso.

"A Polícia Federal encaminhou à PGR [Procuradoria-Geral da República] em setembro de 2009 a partir da decisão do juiz federal de Anápolis/GO para que fosse avaliado, pelo juízo competente, o conteúdo da investigação, cujos fatos se relacionavam com pessoas que possuíam prerrogativa de função", afirmou a PF, por meio de nota.

"O delegado Raul Alexandre não pediu à subprocuradora Cláudia Sampaio o arquivamento ou o não envio da Operação Vegas ao STF", complementa a nota.

Segundo policiais ouvidos pela reportagem, não cabe ao delegado da PF fazer esse tipo de pedido ao Ministério Público Federal.

REUNIÕES

Na nota, a PF informou ainda que o delegado Souza e Cláudia Sampaio tiveram três reuniões sobre o caso.

Na primeira, em agosto de 2009, o delegado estava acompanhado do diretor de Inteligência Policial e de mais quatro delegados. A Operação Vegas foi então apresentada à subprocuradora.

A segunda reunião aconteceu em setembro de 2009 e tratou do encaminhamento dos autos da investigação à Procuradoria, por meio de ofício. Nesse encontro, o delegado estava sozinho, segundo a Folha apurou na PF.

O último encontro se deu em outubro, quando Souza estava acompanhado de outro delegado. Foi nessa data que a subprocuradora informou não haver elementos suficientes para a instauração de investigação no STF e que opinaria pelo retorno dos autos ao juízo de primeiro grau.

Ocorre que o inquérito não foi enviado novamente à primeira instância da Justiça. A Procuradoria informou que não se pronunciaria sobre a nota da PF.Folha

5 Comentários:

Anônimo disse...

Não é crível que a Sub fosse atender (ou entrar em acordo) um pedido do delegado, em assunto tão importante e delicado, apenas pela via oral. O pedido do Delegado deve ser provado pela Sub. Minha sugestão: Uma acareação entre a Sub, o marido e o Delegado. Outra coisa: Tudo leva a crer que uma operação criminosa dessa envergadura necessitasse de forte apoio e acobertamento por parte do MP e Judiciário. Não tem como uma quadrilha desse porte (que governava o estado de Goiás) agir por 10 anos sem acobertamento jurídico.
Ary

VERA disse...

Que FDP!!!!

Anônimo disse...

Voltando ao tema.

Segundo a Sub, ocorreu a seguinte situação:
DELEGADO: Ó, vim fazer um pedido. Pedido de amigo...
SUB: Manda...
DELEGADO: Dá prá dá uma segurada no inquérito? Tem uma outras paradas aí...
SUB: Xá comigo. Vou dá um tempo.

Segundo a Sub, tudo se deu na base da goela. Alguém, em sã, poderia imaginar toda essa formalidade?
Ary

Italo disse...

PGR provou-se que tb esta envolvido nesta quadrilha nacional de corrupçao que estava e estar tentando dar o Golpe-Branco no Brasil, assim como STJ/STF que através do HC Thomaz Bastos dado pelo Celso Dantas Mello e virá outros para melar a CPMI que esta trazendo a tona, todos os chefes-ocultos deste Golpe??? Cadê o ABIN/Forças Armadas??? Sera que tb estao no Golpe? Enfim todas as altas Instituiçoes estao envolvidas com o segundo REI do Brasil, o Cachoeira comprou todos!!! Assim como fez o Daniel Gilmar Dantas!!!

Alício disse...

Bonnie and Clyde brasileiros

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