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terça-feira, 15 de outubro de 2013

Lula recebe título de Honoris Causa em universidade argentina


O ex-presidente Lula participou nesta terça do Primeiro Congresso de Responsabilidade Social, em La Matanza, na Grande Buenos Aires. Na ocasião, ele foi agraciado com o título de doutor honoris causa pela Universidade de Buenos Aires.

Em seu discurso de mais de uma hora para uma plateia  lotada que incluía o ex-presidente espanhol Felipe González, Lula ressaltou a importância da relação bilateral entre Brasil e Argentina, afetada nos últimos meses por barreiras comerciais do país vizinho aos produtos brasileiros.

"Temos que entender que Brasil e Argentina não podem entrar em confrontação, porque um é complementar ao outro", afirmou.

Lula disse que  América Latina progrediu muito e o Mercosul teve papel importante. "Estamos melhor agora que há dez anos. Quando chegamos aos Mercosul, o fluxo entre os países era de US$ 10 bilhões. No ano passado foi de 50", disse. "Sonho com uma América Latina integrada, mas há muito que ser feito, temos que ter ferrovias, estradas, desenvolvimento. O Brasil não pode ser rico sozinho."

Imprensa Nunca me deu trégua

Lula declarou  na Argentina que "os donos de jornais e canais de TV no Brasil  ganharam muito dinheiro em meu governo. Mas nunca me deram trégua. Nunca deram uma manchete positiva em meu governo. Não me lembro de momento algum em que falaram ''Lula é bom''". Lula fez  as declarações durante o discurso sobre Responsabilidade Social Empresarial (SER) no Primeiro Congresso Internacional de RSE da Argentina, no Hotel Holiday Inn de Ciudad Evita, distrito de La Matanza, na Grande Buenos Aires.



O auditório estava lotado de ministros do governo da presidente Cristina Kirchner, deputados, prefeitos, vereadores e acadêmicos. No discurso, o ex-presidente relatou que um dia disse à mulher, Marisa, que "se ficarmos lendo jornais e revista, vamos ter azia. Simplesmente parei de ler". Os ministros de Cristina, entre eles Julio De Vido, o homem forte de Cristina na área econômica, aplaudiram.

 Lula também disse que, como se ainda fosse presidente, que, "se alguém acha que um dia vou mexer um dedo para prejudicar a imprensa, esse dedo já caiu".

Lula avaliou as críticas que recebe: "muitas vezes aquele que fala mal da gente é mais honesto do que aqueles puxa-sacos das autoridades". "somente uma democracia permite que um negro seja eleito presidente dos Estados Unidos e que um índio governe a Bolívia e um homem como  Mujica que ficou seis anos em uma solitária (durante a ditadura militar) seja eleito presidente do Uruguai".

Argentina

Ao longo do discurso Lula afirmou várias vezes que  ama a Argentina. Lula destacou a necessidade de aprofundar a integração bilateral e recorreu ao exemplo futebolístico: "no Brasil só temos divergências com a Argentina no futebol". Na sequencia disse que não poderia ocorrer um remake do "Maracanaço" de 1950, quando o Brasil perdeu para o Uruguai no Rio de Janeiro. "Espero que a Argentina não vá à Copa do Brasil...e espero que o Brasil ganhe", disse em tom brincalhão.

Lula destacou que não falava inglês nem espanhol e que não conseguiu uma graduação em um universidade. No entanto, ressaltou que "duvidava" que na História do Brasil houve um presidente "que conversou tanto com empresários, negros, índios e sindicalistas como eu conversei".

O ex-presidente Lula recebeu o título doutor Honoris Causa da Universidade de Buenos Aires (UBA) durante o congresso de SER.
Boa sorte para Cristina

Lula também mandou um recado para a pronta recuperação de Cristina Kirchner. A presidente argentina se recupera de uma cirurgia feita há uma semana, na qual retirou um coágulo da cabeça.

"Queria aproveitar para dizer para a Cristina que eu sou um homem de muito fé, porque se não fosse Deus eu não chegaria aonde cheguei. E Deus deve cuidar para que Cristina se recupere logo e volte a governar a Argentina", disse antes de começar seu discurso no evento.

Em sua fala, Lula disse também que  Michelle Bachelet será eleita presidente do Chile na eleição de 17 de novembro.

Ao falar que jamais alguém havia pensado que a América Latina tivesse quatro mulheres presidentes, ele colocou a candidata ao lado de Dilma, Cristina Kirchner e Laura Chinchilla. "Sim, porque já estou contando que a Michelle Bachelet vai ganhar no Chile", afirmou. Participe do nosso blog no Facebook

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