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terça-feira, 30 de junho de 2015

Projeto de José Serra (PSDB) que promete entregar o PréSal começou em 2010


Segundo telegrama do WikiLeaks, Serra prometeu alterar regras caso vencesse..a eleição de 2010. Não venceu,mas como senador, esta tentando cumprir a promessa de  doar a Petrobras para os americanos
 Com uma hora e 20 minutos de atraso, o plenário do Senado iniciou nesta terça-feira, 30, uma sessão temática para discutir o projeto de lei do Senado, de autoria do senador José Serra (PSDB-SP), sobre a participação da Petrobras na exploração do pré-sal. O projeto de Serra acaba com a obrigação de a Petrobras ser operadora única e de ter participação mínima de 30% na exploração do pré-sal.

O principal motivo da demora do encontro foi que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e outros senadores participaram na manhã de hoje de um café da manhã com o ex-presidente Lula

Para debater o tema, foram convidados, entre outras personalidades, o ex-presidente da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Haroldo Lima; o presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis, Jorge Marques de Toledo Camargo; o secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia, Marco Antônio Martins Almeida; e o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires.

Quem é Adriano Pires

A ANP,  quando  era chefiada por David Zylbersztajn, genro de Fernando Henrique Cardoso, tinha em sua álta cúpula o senhor Adriano Pires, hoje o bam-bam-bam das Organizações Globo e do Instituto Milenium para assuntos de petróleo. Na eleição presidencia do ano passado, o candidato derrotado,, Aécio Neves (PSDB), convidou Adriano Pires, ex-superintendente da ANP para coordenar seu programa de energia

Haroldo Lima, ex-ANP, é agora ‘consultor’ da HRT

 Diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) por oito anos, Haroldo Lima agora é consultor da petroleira HRT, fundada em 2008 por ex-funcionários da Petrobrás. A empresa foi habilitada pela agência para participar do 11º leilão de petróleo em 2013

A HRT tem 19,7% de participação de estrangeiros em seu capital social. Em julho de 2011, a empresa vendeu 45% de 21 blocos no rio Solimões para a anglo-russa TNK-BP. O contrato entre HRT e TNK prevê a opção de a segunda – na qual a British Petroleum possui 50% de participação - poder aumentar em 10% sua participação, ou seja, alcançaria 55% nos blocos na Amazônia.
 A proposta é o segundo item da pauta de votações do plenário do Senado na terça-feira à tarde. Antes disso, no entanto, os senadores têm que apreciar a Medida Provisória 670, que já passou pela Câmara, e concede reajuste escalonado por faixas da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física.

Ciente que não tem votos para barrar a iniciativa de Serra, o Palácio do Planalto,  decidiu apoiar a proposta alternativa do líder do governo no Senado e ex-diretor da Petrobras, Delcídio Amaral (PT-MS), para que ao menos a estatal tenha preferência nos leilões do pré-sal.

Em 2010, quando José Serra foi candidato a presidência, a Folha publicou:

WIKILEAKS OS PAPÉIS BRASILEIROS

Petroleiras foram contra novas regras para pré-sal

Segundo telegrama do WikiLeaks, Serra prometeu alterar regras caso vencesse

Assessor do tucano na campanha confirma que candidato era contrário à mudança do marco regulatório do petróleo

MP culpa Beto Richa e Francischini por repressão a professores grevistas


Para promotores, tucano é responsável por ação da PM contra professores
O Ministério Público do Paraná ( MP- PR) propôs à Justiça ontem uma ação civil pública contra o governador do Paraná, Beto Richa ( PSDB), por atos de improbidade administrativa. O requerimento é por conta das mais de 200 pessoas que ficaram feridas no dia 29 de abril, no Centro Cívico de Curitiba. Na ocasião, houve confronto entre a Polícia Militar e professores, que estavam em greve e protestavam em frente à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). O MP apontou Richa e outras quatro pessoas como responsáveis pela violenta operação policial.

Além do governador, foram requeridos na ação pública o ex- secretário de Segurança Fernando Francischini, o excomandante da PM César Vinícius Kogut, o ex-subcomandante da PM Nerino Mariano de Brito e o tenente-coronel da PM Hudson Leôncio Teixeira.

Para o MP, houve excesso de força e ainda gastos indevidos.

A Procuradoria-Geral do Estado ( PGE) informou, por meio de nota, que "lamenta o comportamento da comissão nomeada pelo Ministério Público para investigar os fatos ocorridos em 29 de abril no Centro Cívico, que não permitiu ao Estado ter acesso aos autos da investigação".

Meios e fins


Não havia necessidade de que a divulgação da delação de Pessoa coincidisse com a visita de Dilma aos EUA

Mais um esmero indicativo do estilo e de propósitos inexplícitos da Lava Jato: a divulgação da populosa lista de acusados pelo superdelator Ricardo Pessoa deu-se precisamente no dia, a sexta passada, em que a presidente da República viajava para o encontro com o presidente dos Estados Unidos. Também prevista a presença, em sua comitiva, de ministros citados pelo empreiteiro.

As citações não foram expelidas por Ricardo Pessoa nas vésperas da divulgação. Saíram em interrogatórios numerosos e que vêm de longe, como provam já antigas acusações, divulgações e insinuações. Assim se evidenciaram tanto a reunião de citações que avolumaram, quanto a lista e o propósito de uma divulgação determinada, o que não foi feito com qualquer dos superdelatores precedentes.

Mesmo que houvesse algum exótico motivo para a edição das obras completas de Ricardo Pessoa, não houve sinal algum da necessidade de que isso, apesar do infeliz acaso, coincidisse com a visita oficial de Dilma aos Estados Unidos. Os efeitos políticos internos seriam pouco diferentes se protelada a divulgação por uns poucos dias, mas os efeitos externos e, em particular, nos Estados Unidos, não --como sabe todo procurador da República e todo juiz.

Bem, não é novidade que a Lava Jato tem peculiaridades. Outra delas, também reiterada nestes dias: a contradição entre a torrente de vazamentos e a permanente ausência da informação essencial em cada jato.

A recente prisão de Marcelo Odebrecht contém uma interrogação que vem intacta desde o primeiro momento. A prisão deveu-se, para explicação pública, à necessidade de evitar possível fuga do presidente da Odebrecht e, a seu mando, a destruição de provas e pressões sobre terceiros ou vigésimos. Mas a explicação precisava ser outra: nos já 15 meses de duração da Lava Jato, o que não faltou a Marcelo Odebrecht foi tempo para destruir provas e meios para fugir --por que só faria agora? A súbita preocupação que acometeu a Lava Jato não explica sua despreocupação de 15 meses. Nem a explicação atual no caso Odebrecht responde ao essencial.

Há mais do que o dito e o não dito em torno da Odebrecht. Parece mesmo que o simples nome Odebrecht já causa reações especiais. A ponto de uma publicidade explicativa da empresa, como fizeram outras empreiteiras, receber resposta especial e escrita do juiz da Lava Jato, honra negada às demais.

Resposta que mereceu comentários respeitáveis e elegantes da advogada da empresa, Dora Cavalcanti, com a compreensível estranheza de que o juiz Sergio Moro chegasse a considerar que o ideal seria a interrupção de todos os contratos e atividades da Odebrecht. O que, lembrou Dora Cavalcanti, além de não permitido por lei, lhe sugere ser talvez necessário, com apoio em princípios dos direitos humanos, recorrer à Corte Internacional.

Daí uma nota dos procuradores em que atribuem à advogada a sugestão de que a polícia, o Ministério Público, até o Supremo Tribunal Federal estejam "mancomunados para violar direitos humanos", sugestão que seria um sinal de desespero.

Suponho não ser anormal o desespero de um advogado de defesa. Mas, no caso, não é a advogada que o demonstra. A atribuição que lhe foi feita é excessivamente exorbitante e maldosa. Das tais que a Lava Jato não tem o direito legal e ético de fazer: é tempo de entender que os seus poderes não são absolutos.

Por Janio de Freitas - Na Folha

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Dilma: Aprendi na escola a não gostar de Joaquim Silvério dos Reis




Eu não respeito delator, até porque estive presa na ditadura militar e sei o que é. Tentaram me transformar numa delatora. A ditadura fazia isso com as pessoas presas, e garanto para vocês que resisti bravamente. Até, em alguns momentos, fui mal interpretada quando disse que, em tortura, a gente tem que resistir, porque se não você entrega seus presos.”..(Presidente Dilma em New York)
Dilma disse que aprendeu na escola a não gostar de Joaquim Silvério dos Reis, o delator da Inconfidência Mineira (primeira tentativa de emancipação do Brasil de Portugal).

Em 2008, quando ainda era ministra da Casa Civil no segundo governo Lula, Dilma afirmou, em depoimento no Senado, sentir orgulho de ter mentido sob tortura no período em que ficou presa pela ditadura porque "qualquer pessoa que ousar dizer a verdade para interrogador compromete a vida dos seus iguais".

Dilma falou a imprensa

A presidente Dilma  negou nesta segunda-feira qualquer irregularidade em sua campanha eleitoral e disse não respeitar delatores, depois que a imprensa divulgou que o dono da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa, teria afirmado em sua delação premiada, no âmbito da operação Lava Jato, que deu dinheiro à campanha da petista.

Marieta Severa deixa Faustão com a cara no chão em programa ao vivo na Globo


"País caminhou muito. Tem uma coisa importante: a inclusão social, a luta contra a desigualdade"

Em participação no ‘Domingão do Faustão’,na TV Globo, neste domingo (28/6)a atriz Marieta Severo surpreendeu ao discordar ao vivo do apresentador. Em meio a uma homenagem, Faustão disse “sermos o país da desesperança”. A atriz disparou: "O país caminhou muito. Pra mim, tem uma coisa muito importante: a inclusão social, a luta contra a desigualdade. A gente teve muito isso nos últimos anos. Estamos numa crise, mas vamos sair dela".

Recentemente, Marieta, também se posicionou contra a redução da maioridade penal em entrevista ao Jornal O Globo e se confessou chocada com o que chamou de retrocesso nas conquistas de sua geração: “Sou contra a redução da maioridade penal e contra muita coisa que está em evidência e que, para a minha geração, é chocante. Eu sou da década de 1960, do feminismo, da liberdade sexual, das igualdades todas”. Veja o vídeo

Aloysio Nunes não declarou ao TRE os 500 mil de doação da UTC que ele diz que recebeu


Doação da UTC que senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) diz ser legal não consta do site do TSE

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Aécio defendeu o ex-candidato a vice em sua chapa, e agora senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), disse que a doação de R$ 300 mil reais que Ricardo Pessoa, dono da UTC,  que deu para Aloysio,  foi para dar "alforria" a empreiteiros
O tucano Aloysio Nunes, também confirmou a delação de Ricardo Pessoa, afirmando que realmente recebeu, mas que ao contrário dos petistas, a doação dele era legitima e declarada ao TRE.Pois bem. O jornal do Brasil, foi conferir se a conversa de Aloysio era verdadeira e descobriu que não existe  nenhuma  doação declarada. Veja o texto

Estranha a doação ao senador Aloysio Nunes (PSDB), que foi vice de Aécio Neves na campanha eleitoral para a Presidência, feita pela UTC. Aloysio declara que a relação dele com a UTC é de amizade, e não de relações que permitissem qualquer pedido para proteger empreiteiros na Lava Jato.

De acordo com a reportagem da Veja, Aloysio recebeu  oficialmente R$ 300 mil, e outros R$ 200 mil em dinheiro vivo, segundo delação premiada de Ricardo Pessoa, da UTC. Aloysio confirma a doação "efetiva e legalmente arrecadada" de R$ 200 mil para a campanha ao Senado em 2010.

Este mesmo senador, que também foi vice de Orestes Quércia, não deve também ter participado nem tomado conhecimento, como vice, das várias denúncias feitas contra o governador Orestes Quércia, na época ligado a empreiteiras em construção de um prédio do governo do Estado.

E o mais estranho ainda é que o dinheiro não consta na prestação de contas publicada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Confira aqui 

Perseguição política: Aécio pede ajuda à Gilmar Mendes para derrubar Pimentel


Aécio não quer que ninguém governe o País, se ele não for o presidente

Se o Brasil ainda estivesse nos tempos da ditadura, Aécio Neves e sua turma,agiria de acordo com a frase do ex presidente João Baptista de Oliveira Figueiredo: “Quem for contra a abertura, eu prendo e arrebento.”

Raivoso, movido a ódio, por ter perdido a eleição para a presidente Dilma, Aécio resolveu perseguir  também o governador de Minas Fernando Pimentel, cidade que ele também foi derrotado na última eleição

Insatisfeito com as críticas do governo Fernando Pimentel (PT),Aécio mandou o  PSDB de Minas protocolar, na semana passada, duas representações no Ministério Público contra o governador por publicidades da atual gestão.

Aécio não quer ser contrariado, por isso, quer retirar do ar a   propaganda na TV, em que mostra que o governo encontrou cerca de 500 obras paralisadas ao assumir a gestão -

Os tucanos também dizem que não foram responsáveis pelo deficit de R$ 7,1 bilhões no orçamento de 2015, que fez com que os investimentos do governo chegassem perto de zero no primeiro trimestre. O PSDB governou o Estado entre 2003 e 2014, quando o então governador, Antonio Anastasia, renunciou para concorrer ao Senado e deixou o cargo nas mãos do vice, Alberto Pinto Coelho (PP). Foi quem então?

Ao assumir, em 2015, Pimentel disse que havia encontrado o estado em uma situação grave, porque não teve "gestão ou gerenciamento" e citou as 500 obras. Nas propagandas oficiais, o número foi repetido. 

E não para por ai. Aécio convocou, Gilmar Mendes,  um aliado dos tucanos para reforçar a perseguição

Os dois acusam Pimentel de ter participado  de eventos de entrega de imóveis e de maquinários de programas do governo federal, no ano passado. A denúncia feita por Aécio Neves e havia sido arquivada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) mineiro.

 Na quarta-feira, a pedido de Aécio,  o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes determinou a reabertura da investigação e disse que o material está repleto de fotos e indícios de que Pimentel se beneficiou eleitoralmente da exposição.

De acordo com a denúncia do PSDB, que perdeu a eleição para o petista ainda no primeiro turno, Pimentel e seu vice, Antônio Andrade (PMDB), participaram de oito eventos de programas do governo federal nos três meses que antecederam o início da campanha.

Para Aécio, os dois cometeram crimes por que  estiveram no palanque da presidente Dilma Rousseff na entrega de diplomas do Pronatec, na doação de máquinas para prefeituras e na entrega de imóveis do programa Minha Casa Minha Vida. 

— Isso vai ter que ser reexaminado. O TRE vai ter que reabrir lá. É só ver o processo. Está cheio de fotos. Dizem que eles não eram, mas já eram pré-candidatos — disse Gilmar Mendes

E quando Aécio desvia dinheiro do SUS é bobagem... Deve ser por que ele não usa o SUS

Aécio afirma que é 'bobagem' O ex-ministro da Fazenda ação do MPF

O senador Aécio Neves (PSDB) chamou de "bobagem" a ação movida pelo Ministério Público Federal para investigar a falta de repasse de R$ 14 bilhões para a área de saúde entre 2003 e 2012 nas gestões dele e do também senador tucano Antonio Anastasia no governo de Minas Gerais. "Isto é uma bobagem. Isto já foi arquivado lá atrás. Isto é coisa requentada. Hoje, os índices de doenças diminuíram entre 30% e 40%. disse o cara de pau

E olha que em eleição passada, a gente achava que o José Serra era o pior adversário por ser, raivoso, mentiroso,inescrupuloso...  por conta da bolinha de papel. Erramos. Nada supera Aécio na questão de mau-caratismo 

Haddad cassa aposentadoria de fiscal ligado à Máfia do ISS


O gabinete do prefeito Fernando Haddad (PT) cassou a aposentadoria de um ex-auditor- fiscal da Secretaria Municipal de Finanças que teria relação com a Máfia do Imposto Sobre Serviço (ISS) e outros esquemas de corrupção. A cassação de Nadim Youssef El Joukhadar foi publicada em um despacho do prefeito no Diário Oficial da cidade de quinta-feira e segue manifestação do Departamento de Procedimentos Disciplinares (Proced).

Joukhadar pediu aposentadoria da Prefeitura depois que o escândalo da máfia do ISS foi deflagrado, com a prisão de quatro servidores, em outubro de 2013. Segundo o site de Transparência da Prefeitura, ele ganha R$ 22.301,60 mensais de aposentadoria - é o valor que deve perder. O benefício foi concedido em agosto do ano passado, quando ele já integrava a lista de servidores suspeitos de enriquecimento ilícito. Mesmo aposentado, a Controladoria- Geral do Município (CGM) abriu procedimento contra ele em março deste ano.

Segundo investigações da Controladoria e do Ministério Público Estadual, o servidor antecedeu os integrantes da Máfia do ISS na cobrança de propina de incorporadores que faziam lançamento de imóveis na cidade.

Uma testemunha protegida, representante de uma construtora, contou em depoimento prestado ao MPE em outubro do ano passado que Joukhadar exigia valores das empresas para que "os procedimentos tivessem andamento no setor" que liberava os imóveis, enquanto a máfia costumava cobrar para dar desconto no ISS devido.

O fiscal com a aposentadoria cassada, no entanto, é lembrado por ter menos "agressividade" que os membros da máfia ao exigir valores. "Os valores exigidos por Nadim (Joukhadar) eram menores do que os praticados por Amilcar (José Cansado Lemos, fiscal já denunciado à Justiça) e dependiam de cada caso. Recorda-se ainda que Nadim exigia entre R$ 20 mil e R$ 30 mil para que houvesse andamento do processo", disse a testemunha.

Governo Dilma fecha acordo de intercâmbio com a Nasa.Os coxinhas vão protestar?


O governo Dilma  finaliza um acordo de intercâmbio para estudantes brasileiros com a Nasa, a agência espacial americana, durante a viagem em curso da presidente aos Estados Unidos.

O convênio será destinado sobretudo a alunos de graduação inscritos no programa federal Ciência sem Fronteiras, que concede bolsas para brasileiros estudarem no exterior.

Os estudantes aceitos poderão usar parte da bolsa para bancar o estágio. Segundo a reportagem do jornal Correio Braziliense apurou, o governo terá como custo extra uma taxa de administração à Nasa. A presidente tem agenda prevista no Nasa Ames Reserch Center, no Vale do Silício, na Califórnia, na quarta-feira à tarde.

Além dos graduandos do Ciência sem Fronteiras, pós-graduandos bolsistas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) ou da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) também poderão pleitear vagas.

O convênio envolverá alunos e pesquisadores das áreas de ciências, tecnologia, engenharia e matemática que estiverem cursando ou prestes a começar intercâmbio em universidades americanas.

A seleção será feita segundo critérios de desempenho e notas. A previsão de início dos estágios e o número de bolsas que serão concedidas ainda não estão claros.

INVESTIMENTOS No primeiro compromisso da viagem aos Estados Unidos, a presidenta Dilma Rousseff se reuniu ontem, em Nova Iorque, com empresários brasileiros com negócios no país e que integram a comitiva da presidenta. O objetivo foi conversar com os empresários sobre formas de ampliar as relações com os Estados Unidos e ampliar os investimentos.
 Hoje, a presidenta Dilma se reúne com investidores do setor financeiro e com empresários do setor produtivo. Em Nova Iorque, ela também recebe o ex-secretário de Estado americano Henry Kissinger e participa do encerramento do Encontro Empresarial sobre Oportunidades de Investimento em Infraestrutura no Brasil.

Em seguida, embarca para Washington, onde será recebida por Barack Obama. Os dois presidentes devem anunciar a intenção de dobrar o comércio bilateral em dez anos.

A área comercial será uma das mais importantes da visita de Dilma.

 Também participam da viagem os ministros do Planejamento, Nelson Barbosa; da Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo; do Desenvolvimento, Armando Monteiro; da Educação, Renato Janine Ribeiro; das Relações Exteriores, Mauro Vieira; e da Fazenda; Joaquim Levy

Vice-diretor da USP, critica condução da Lava Jato


Artigo publicado  neste domingo (28), pelo professor titular da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) e vice-diretor da faculdade Renato de Mello Jorge Silveira, destaca a forma como vem sendo conduzida a Operação Lava Jato.

De acordo com o professor, "um processo penal deve guiar-se, assim, por princípios, como o da presunção da inocência, do devido processo legal, da proporcionalidade, entre outros, e não só por uma alegada formulação legal. E é por isso que, mesmo que algumas decisões de um determinado juiz se guiem por algo que está previsto em lei (e que, portanto, não incidiriam em ilegalidade), podem elas ser tidas por ilegítimas e passíveis de revisão."

Veja o artigo de Silveira: O ilegítimo e o ilegal, publicado na Folha e reproduzido aqui

Ainda segundo Silveira, "a deflagração da 14ª etapa da Operação Lava Jato incide, justamente, nesse pecado. Mesmo sem ingresso em duvidosas leituras sobre a delação premiada ou por um pragmatismo qualquer, deve-se pensar na racionalidade do feito."

"Mostra-se por demais questionável a necessidade de novas prisões em um momento já tão distante do início das investigações. A lei pode aceitar essas determinações, mas elas são simplesmente ilegítimas, pois desnecessárias sob uma leitura racional", diz Silveira.

"Esse estado de coisas chega a ponto tal que, na busca de sustentação para as novas prisões, simplesmente se fez uso lateral (e não declarado) da conhecida teoria do domínio do fato."

"Essa teoria, no dizer do jurista alemão Claus Roxin, seu próprio idealizador, não serve para dizer que apontar a responsabilidade penal em casos empresariais. O que antes já era objetável, agora se mostra inadmissível. O fim, que nunca justifica os meios, agora se equivoca também em suas premissas. Seria, talvez, o caso de se acusar o errático e ilegítimo procedimento", afirma no artigo.

"Parece pretender-se utilizar, na busca de uma punição antecipada, recursos que, sozinhos, são carecedores de legitimidade", completa, para finalizar: "Ao simplesmente se deixar de lado todo um suporte que deve acompanhar as construções o missivas beira-se, mesmo, para mais do que ilegitimidade, e sim, real ilegalidade de prisões, ancoradas, unicamente, em presunções, e não em provas. Essa, a nova carta aberta."

O artigo de Silveira se alinha com editorial publicado no sábado (27), pelo Jornal do Brasil, que destacava: "O que preocupa são certas informações vazadas que causam desmoralização, sem existir processo transitado em julgado, nas quais esses senhores aparecem como criminosos, corruptos e ladrões, sempre qualificados desta forma por confessos criminosos. Como muito bem lembrou o ministro do STF Luiz Edson Fachin: a delação só é válida quando comprovada, porque o delator não é idôneo." Do JB

Pessoa e o ser ou não ser do PT


Enquanto o partido não definir um programa coerente, a tendência é o esvaziamento da legenda

Sobretudo na retórica, a nova safra de delações selecionadas aumentou a pressão sobre Dilma Rousseff. Paradoxalmente, serviu também para enfraquecer a oposição.

A história de Ricardo Pessoa, da empreiteira UTC, pertence ao gênero do irrealismo fantástico. A começar da exposição de motivos. Segundo o executivo, as negociatas entre governos e empresas perseguiam objetivos nobres. "Fazer a engrenagem andar", "impedir retaliações contra quem não colaborasse", "abrir portas" e outras platitudes.

Em benefício da dúvida, suponha-se que personagem tão impoluto tenha falado mesmo o que apareceu impresso e pense ter abafado. Aí imaginamos que o sujeito realmente possui um coração de ouro com dinheiro alheio. Uma espécie de "plutodemocrata".

A saber: pagou ministros do TCU, deu mesada para o filho do presidente do mesmo tribunal, comprou o PT, comprou o PSDB, comprou o PSB, comprou o PR, comprou o PMDB e ainda deu R$ 20 milhões para o ex-presidente Collor. Só faltou ter adquirido o Cristo Redentor.

A delação divulgada afirma que a eleição de Dilma drenou R$ 7,5 milhões dos cofres da UTC. Pelo menos aqui Aécio Neves ganhou da adversária. Sua campanha agasalhou R$ 8,7 milhões do empreendedor preocupado com a marcha do capitalismo. Interessante: no total, suas doações declaradas aos tucanos foram maiores do que o dinheiro para o PT, inclusive em São Paulo.

Há duas hipóteses, complementares e não excludentes. Interessado na própria sobrevivência, Pessoa jogou a UTC no ventilador para ver como é que fica. Quanto mais alvos atingir, melhor. Deixa que o Moro faz o resto.

A outra possibilidade é a de que a bandalheira está institucionalizada no país. São ridículas, para ser elegante, as tentativas da oposição de convencer que a dinheirama recebida por ela é limpa e a fatia da situação, coisa podre. Mas depois da excursão Cantinflas à Venezuela, nada mais surpreende vindo de Aécio e sua turma.

Na última semana, Lula soltou o verbo. Lamentou que seu partido parecesse mais interessado em salvar a pele e segurar cargos do que em defender um projeto.

Esse é o ponto. Qual o projeto do PT hoje? Será possível mobilizar a militância para defender cortes em educação, habitação, saúde, em direitos trabalhistas, nas aposentadorias? Lula pode ser --e é-- um excelente orador. Mas sem a "mistura", como se diz na casa de gente de carne e osso, o arroz com feijão perde o encanto.

O problema do PT não é a idade dos militantes --embora o afastamento da juventude seja sintomático. Vale a pena citar o professor Paul Singer: "O que acontece é luta de classes. Trabalhadores assalariados e patrões capitalistas têm interesses opostos." Singer tem 83 anos, mas preserva intacta a juventude de raciocínio. Em outras palavras, falta um programa coerente ao partido. O que temos para hoje é uma antítese da pregação original. Uma salada de projetos de longuíssimo prazo condimentada com sacrifícios de curtíssimo prazo para a maioria.

Cabe ao PT mudar a receita se quiser enfrentar uma luta política cada vez mais agressiva. Bem entendido, isso não é garantia de nada após tantas derrapadas. Mas ao menos manteria a legenda dentro do jogo com um discurso definido.

Baboseiras como governabilidade, superavit primário e obsessão inflacionária são tão convincentes e inteligíveis quanto um alemão de bolso cheio discursando para gregos em petição de miséria.

Ricardo Melo - Na Folha

domingo, 28 de junho de 2015

Aécio se delata: Doação da UTC foi para dar "alforria" a empreiteiros. Na CPI? Igual Sérgio Guerra?


Em inacreditável ato falho, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) confessou que só tinha a oferecer "alforria" (livrar) a empreiteira UTC em troca das doações eleitorais para sua campanha.

Aécio disse "alforria" do governo do PT, mas a expressão cai como uma luva na prática delatada de tucanos pedirem CPI's da Petrobras e depois exigirem propinas dos empreiteiros envolvidos para enterrar a investigação.

O ex-diretor corrupto da Petrobras, Paulo Roberto Costa, delatou o ex-presidente do PSDB, Sérgio Guerra. Declarou que o tucano exigiu R$ 10 milhões de propina para dar "alforria" na CPI da Petrobras, realizada em 2009. Costa confirmou no depoimento da CPI atual.

Aécio Neves é sucessor de Sérgio Guerra na presidência do PSDB, e promoveu outra CPI em 2013.

Anotações apreendidas pela PF na sede da UTC apontam Aécio negociando "alforria" a empreiteiros na CPI.

Anotações apreendidas pela PF no escritório da UTC em São Paulo, no ano passado, apontam negociações de bastidores de empreiteiros com o senador Aécio Neves para não aprofundar na CPI. As anotações dizem que Aécio teria escalado Mario Couto (PSDB-PA) e Álvaro Dias (PSDB-PR) para “fazer circo”.

Uma das anotações diz que no Senado a apuração estava esvaziada e que o problema maior seria no Judiciário. E ainda destacava que objetivo da CPI não era apurar, somente “gerar noticiário” (só contra o PT, é claro).

Lula diz que Folha é maníaca em inventar palavras que ele não disse.


Mais uma vez, a Folha de S.Paulo atribuí ao ex-presidente Lula declarações que ele nunca fez

Se o jornal "Folha de São Paulo" está em crise financeira tão grave que abriu uma barraquinha de comida na rua para competir com ambulantes, a falência do jornalismo praticado lá atinge o fundo do poço.

Agora a Folha, além de publicar um boato sem nenhuma confirmação por nenhuma das duas partes envolvidas, ainda esconde e não publica a resposta de Lula dada à pergunta da reportagem.

Se a comida vendida na barraquinha da Folha for do padrão do jornalismo, haja caganeira.

Olhe a enésima nota de desmentido que o presidente Lula tem de fazer:


NOTA À IMPRENSA: "Se Lula quisesse falar com a Folha de S. Paulo, falaria com a Folha de S. Paulo"
28/06/2015 10:59

Assim como algumas pessoas são maníacas por impetrar Habeas Corpus à revelia e contra a vontade das pessoas, a Folha de S.Paulo tem a estranha mania de sem nenhuma procuração ou comprovação, atribuir declarações ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a partir de fontes anônimas.

O jornal nos procurou na sexta-feira (26) com uma informação incorreta. Respondemos que se tratava de invenção e de que "o ex-presidente repudia e lamenta a reiterada prática do jornal Folha de S. Paulo de lhe atribuir afirmações a partir de supostas fontes anônimas, dando guarida e publicidade a todo o tipo de especulação". Mesmo assim a matéria foi publicada com destaque na capa.

Na matéria a Folha não coloca a nossa resposta de que se trata de uma invenção, logo, publicamos aqui a troca de e-mails entre a assessoria de imprensa do Instituto Lula e o jornal.

Assessoria de Imprensa do Instituto Lula

Abaixo resposta para a Folha de S.Paulo:

Cara,

Segue nossa resposta:

Parece que todo o sábado o jornal Folha de S. Paulo reserva espaço para atribuir alguma fala ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Semana passada fizeram isso. Fazem novamente esta semana. O ex-presidente repudia e lamenta a reiterada prática do jornal Folha de S. Paulo de lhe atribuir afirmações a partir de supostas fontes anônimas, dando guarida e publicidade a todo o tipo de especulação. Se o ex-presidente quisesse falar com a Folha de S. Paulo, falaria com a Folha de S. Paulo. Esta afirmação é uma invencionice do jornal ou da sua fonte anônima.

Abaixo o email enviado pela Folha de S.Paulo:

Caros,

Estamos fazendo uma matéria sobre uma conversa do ex-presidente Lula com o ministro do TCU José Múcio Monteiro, em que o ministro falou da possibilidade de o órgão rejeitar as contas de 2014 do governo Dilma. Segundo relatos, Lula disse achar razoável o órgão pedir explicações sobre as chamadas "pedaladas fiscais" e disse que isso "daria um susto" na presidente.

Gostaria de saber se o Instituto Lula quer se posicionar sobre o assunto.

Jatos que mancham


É preciso estar muito entregue ao sentimento de vingança para não perceber certo sadismo na Lava Jato

Janio de Freitas

Como inquérito "sob segredo de Justiça", a Operação Lava Jato lembra melhor uma agência de propaganda. Ou, em tempos da pedante expressão "crise hídrica", traz a memória saudosa de uma adutora sem seca.

Em princípio, os vazamentos seriam uma transgressão favorável à opinião pública ansiosa por um sistema policial/judicial sem as impunidades tradicionais. Mas, com o jorro contínuo dos tais vazamentos, nos desvãos do sensacionalismo não cessam os indícios que fazem a "nova Justiça" -- a dos juízes e procuradores/promotores da nova geração -- um perigo equivalente à velha Justiça acusada de discriminação social e inoperância judicial.

É preciso estar muito entregue ao sentimento de vingança para não perceber um certo sadismo na Lava Jato. O exemplo mais perceptível e menos importante: as prisões nas sextas-feiras, para um fim de semana apenas de expectativa penosa do preso ainda sem culpa comprovada. Depois, a distribuição de insinuações e informações a partir de mera menção por um dos inescrupulosos delatores, do tipo "Fulano recebeu dinheiro da Odebrecht". Era dinheiro lícito ou provou-se ser ilícito? É certo que o recebedor sabia da origem, no caso de ilícita?

A hipocrisia domina. São milhares os políticos que receberam doações de empreiteiras e bancos desde que, por conveniência dos candidatos e artimanha dos doadores, esse dinheiro pôde se mover, nas eleições, sob o nome de empresas. Nos últimos 60 anos, todos os presidentes tiveram relações próximas com empreiteiros. Alguns destes foram comensais da residência presidencial em diferentes mandatos. Os mesmos e outros viajaram para participar, convidados, de homenagens arranjadas no exterior para presidente brasileiro. Banqueiros e empreiteiros doaram para os institutos de ex-presidentes. Houve mesmo jantares de arrecadação no Alvorada e pagos pelos cofres públicos. Ninguém na Lava Jato sabe disso?

Mas a imprensa é que faz o sensacionalismo. É. Com o vazamento deformado e o incentivo deformante vindos da Lava Jato.

A partir de Juscelino, e incluídos todos os generais-presidentes, só de Itamar Franco e Jânio Quadros nunca se soube que tivessem relações próximas com empreiteiros e banqueiros. A íntima amizade de José Sarney foi mal e muito comentada, sem que ficasse evidenciada, porém, mais do que a relação pessoal. Benefícios recebidos, sob a forma de trabalhos feitos pela Andrade Gutierrez, foram para outros.

Ocorre mesmo, com os vazamentos deformantes, o deslocamento da suspeita. Não importa, no caso, o sentido com que o presidente da Odebrecht usou a palavra "destruir", referindo-se a um e-mail, em anotação lida e divulgada pela Lava Jato. O episódio foi descrito como um bilhete que Marcelo Odebrecht escreveu com instruções para o seu advogado, e cuja entrega "pediu a um policial" que, no entanto, ao ver a palavra "destruir", levou o bilhete ao grupo da Lava Jato.

Muito inteligível. Até que alguém, talvez meio distraído, ao contar o episódio acrescentasse que Marcelo, quando entregou o bilhete e fez o pedido ao policial, já estava fora da cela e a caminho de encontrar seu defensor.

Então por que pediria ao policial que entregasse o bilhete a quem ele mesmo ia encontrar logo?

As partes da historinha não convivem bem. Não só entre si. Também com a vedação à interferência na comunicação entre um acusado e seu defensor, considerada cerceamento do pleno direito de defesa assegurado pela Constituição.

Já objeto de providências da OAB, a apreensão de material dos advogados de uma empreiteira, em suas salas na empresa, foi uma transgressão à inviolabilidade legal da advocacia. Com esta explicação da Lava Jato: só os documentos referentes ao tema da Lava Jato seriam recolhidos, mas, dada a dificuldade de selecioná-los na própria empresa, entre 25 mil documentos, foram apreendidos todos para coleta dos desejados e posterior devolução dos demais.

Pior que uma, duas violações: a apreensão de documentos invioláveis, porque seus detentores não são suspeitos de ilicitude, e o exame violador de todos para identificar os desejados. Até documentos secretos de natureza militar, referentes a trabalhos e negócios da Odebrecht na área, podem estar vulneráveis.

Exemplos assim se sucedem. Em descompasso com uma banalidade: condenar alguém em nome da legalidade e da ética pede, no mínimo, permanentes legalidade e ética. Na "nova Justiça" como reclamado da "velha Justiça" -  Artigo de Janio de Freitas. Na Folha

sábado, 27 de junho de 2015

Governos tucanos de Minas blindaram 'amigos' em roubo ao Banco do Brasil


Polícia mineira conclui investigação que indicia parentes diretos da mulher-forte do 'choque de gestão' de Aécio e Anastasia. Empresa já é denunciada por golpe em outro banco público, a CEF

Um inquérito da Divisão Especializada em Investigação de Fraudes, da Polícia Civil, que investiga o roubo de R$ 22,7 milhões de agências do Banco do Brasil em Minas Gerais por meio da empresa de transporte de valores Embraforte, em 2013, aponta uso político da Polícia Civil mineira pelo então governo do PSDB daquele estado para blindar criminosos "amigos"... Continue lendo aqui

A manchete verdadeira é: Suposta delação decepciona golpistas por não ter nada contra Dilma e Lula.

Folha chama de "delação premiada" citação a doações de campanha oficiais e feitas por TED de conta bancária da empresa para a conta bancária do CNPJ da candidata Dilma Rousseff conforme exige a Justiça Eleitoral.

As próprias manchetes entregam o jogo: "Delação de empreiteiro eleva pressão sobre Dilma e o PT". O jornal "O Globo" repetiu: "Delação de dono da UTC eleva pressão sobre governo e o PT".

Se tudo o que a delação tem só serve para colocar na manchete "eleva pressão", é porque não tem coisa nenhuma contra Dilma. E nem contra Lula, senão a manchete seria outra, bem mais direta e virulenta.

Para desgastar Dilma estes dois jornalões fazem um texto ruim de doer, misturando de propósito frases seguidas, de contextos diferentes, para tornar o assunto confuso, induzindo o leitor a entender errado de propósito.

Na mesma matéria, às vezes no mesmo parágrafo, uma frase descreve supostas doações ilegítimas para outros políticos. Outra frase descreve doações de campanha oficiais para Dilma, legítimas, feitas às claras e declaradas, e sem qualquer vinculação com malfeitos. Mas o texto confunde o leitor a suspeitar que está tudo no mesmo balaio de ilegalidades.

Pérolas da Folha:

1) No primeiro parágrafo a Folha chama de "delação" a informação de R$ 7,5 milhões doados oficialmente em 2014, por TED (transferência bancária eletrônica), diretamente da UTC para a campanha de Dilma, com recibo eleitoral e tudo, devidamente declarados na prestação de contas de Dilma.

Ora, é tão ridícula essa ilação quanto se a Folha noticiasse "Ricardo Pessoa 'delatou' que seu nome é Ricardo Pessoa".

2) No segundo parágrafo da Folha, diz que "O empreiteiro ... fez a doação por temer prejuízos em negócios da Petrobrás". Não faço a menor ideia se o empreiteiro disse isso mesmo ou se é a Folha que anda lendo a Veja demais ou colhendo boatos na internet como já fez com a ficha falsa de Dilma, mas se ele realmente disse isto, é muito vago para incriminar quem quer que seja (nem ele mesmo). A palavra "temer" é muito subjetiva e descreve apenas um sentimento pessoal, que pode até ser injustificável. Ou perfeitamente justificável de forma legítima, como ter medo de um governo demotucano detonar empresas nacionais, como ocorreu no governo FHC. Isso também não é nenhuma delação premiada, porque não descreve nenhuma conduta criminosa para ser delatada.

Tal frase, seja falsa ou verdadeira, só presta para a Folha fazer ilações, mas não traz nenhuma informação útil para esclarecer o leitor.

Tristes jornalões brasileiros que, em vez de contar ao leitor a história que vêem e o que sabem após apurar, contam estórias mal contadas, de propósito, duvidosas e sem apuração.

3) No terceiro parágrafo, a Folha paga o mico de citar como fonte a revista Veja, sem apurar. Nem vou perder tempo em comentar.

Em tempo:

Ainda não vi nenhuma confirmação do conteúdo que a imprensa demotucana tem noticiado como vazamento do acordo de delação premiada de Ricardo Pessoa, dono da empreiteira UTC. Nenhum documento foi publicado, o MPF diz estar sob sigilo de justiça e os advogados de Pessoa declararam não confirmar nada. Por isso ainda é difícil saber o que ele declarou ou assumiu o compromisso de declarar de fato, o que é boato, o que é mentira, o que é meia-verdade, o que é interpretação deturpada pela imprensa e o que há de verdade.

Aécio afirma que é bobagem MPF cobrar R$ 14 bi desviado do SUS por ele e Anastasia


O senador Aécio Neves (PSDB) chamou nesta sexta-feira, 26, de "bobagem" a ação movida pelo Ministério Público Federal para investigar a falta de repasse, o desvio de R$ 14 bilhões para a área de saúde, entre 2003 e 2012, nas gestões dele e do também senador tucano Antonio Anastasia no governo de Minas Gerais.
"Isto é uma bobagem. Isto já foi arquivado lá atrás. Isto é coisa requentada.  Esta é uma discussão que o Tribunal de Contas (do Estado) considerou que estávamos com a razão e nossas contas foram aprovadas", disse o senador, durante evento em Manaus.

E se fosse com o PT, Aécio classificaria a pedalada como bobagem?

O Ministério Público Federal (MPF) ingressou com uma ação civil pública contra o Estado de Minas Gerais por descumprimento da Emenda Constitucional 29/2000, que fixou a obrigatoriedade de os estados aplicarem o percentual mínimo de 12% do orçamento na saúde pública. Segundo o MPF, entre 2003 e 2012, durante as gestões dos governadores Aécio Neves (PSDB) e Antonio Anastasia (PSDB), R$ 9,5 bilhões deixaram de ser aplicados no Sistema Único de Saúde (SUS) por Minas Gerais, quantia que, em valores atualizados, chega a R$ 14,2 bilhões. O MPF pede na ação que o estado crie uma conta-corrente específica para receber os recursos destinados à saúde e estudos técnicos para investir nos próximos anos o que não foi aplicado no setor.

Ou seja, Aécio desvia o dinheiro e quem tem que pagar a conta é o governador Petista

De acordo com o MPF, o governo  estadual do PSDB fez manobras contábeis - mais conhecida como pedaladas -  para aparentar o cumprimento da EC 29. O resultado, prossegue a ação, “revela-se com as filas extenuantes, a falta de leitos nos hospitais, a demora que chega a semanas e até meses para que o cidadão se entreviste com um médico, a demora na marcação e na realização de exames clínico-laboratoriais, as mortes nas filas”. O MPF aponta que as administrações tucanas entre 2003 e 3012 incluíram nos gastos da saúde “até despesas com animais e vegetais”, já que verbas direcionadas ao Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e à Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM) foram computadas como gastos com saúde.

Faltando mais de 3 anos para a eleição presidencial, Aécio já esta em campanha eleitoral 

Aécio Neves batizou  de Caravana da Gratidão a série de viagens que  ele vai fazer por Manaus e Parintins. Hoje o  tucano visitará obras com o prefeito da capital amazonense e depois irá ao festival dos grupos de boi-bumbá na cidade ribeirinha. Vai fazer discurso, dar tapinhas nas costas e amassar barro

Na agenda de campanha  de Aécio, repassada para a colunista Monica Bergamo, consta que, em  julho o ex-presidenciável tucano  derrotado por Dilma, deve visitar o Sul e, em agosto, o Nordeste.  

Eduardo Cunha classifica eleitores do PT como viciados em drogas


Em entrevista a jornalistas estrangeiros, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), alfinetou mais uma vez o PT e insinuou que os eleitores  petistas eram viciados em drogas. O site Congresso em Foco publicou aqui

Ao falar sobre  a sua opinião contra a legalização das drogas, Cunha citou um vídeo satírico contra o PT. “O vídeo diz o seguinte: o viciado começa na maconha, passa para a cocaína e acaba votando no PT”, disse Cunha no evento destinado aos jornalistas estrangeiros. A coletiva foi concedida no hotel Windsor Guanabara, no rio de Janeiro.

Na entrevista, Cunha também criticou a política externa do governo Dilma e disse que a coalizão mantida pela base aliada à presidente Dilma foi para o CTI [Centro de Tratamento Intensivo]. Cunha também ratificou que dificilmente o PMDB manterá a aliança com o PT nas eleições de 2018.

Mais um passeio pago com dinheiro publico

Depois de chamar os eleitores do PT de drogados, Cunha anunciou que vai, de novo, passear a bordo do avião da FAB. Com tudo pago pelo povo

 Depois de ter feito viagem oficial com roteiros turísticos em Israel e Paris no início do mês, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), viajará amanhã em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para o famoso festival do boi de Parintins (cidade a 420 km de Manaus), conhecido oficialmente como Festival Folclórico.

Candidato a presidência do PMDB em 2018, ele  vai  no festival do boi de Parintins, que termina amanhã.

Não há agenda de trabalho em Parintins. A assessoria de Cunha informou que ele recebeu um convite do governador do Amazonas, José Melo (Pros), para ir ao festival do boi, por isso resolveu comparecer.

O programa, que é apontado  como uma tentativa dele de pavimentar uma campanha presidencial, intenção que o peemedebista nega, já passou por Curitiba, São Paulo, João Pessoa, Natal, Campo Grande, Cuiabá, Belém e Macapá.

TCE envia conta do tucano Azeredo à câmara 23 anos depois para serem aprovadas ou não



Tem coisas que só acontece com o PSDB. Como por exemplo passar a mão na cabeça daqueles políticos do partido que praticam e  praticaram atos de corrupção. Se o TCE levou 23 anos para analisar as contas de Eduardo Azeredo, quantos anos levará para que se cumpra a sentença de 22 anos de condenação de  Eduardo Azeredo no mensalão tucano?

O jornal mineiro Hoje em dia, publicou na edição desse sábado que, vinte e três anos após o fim de seu mandato na Prefeitura de Belo Horizonte, somente agora chegam à Câmara da capital as contas de gestão do ex-prefeito tucano Eduardo Azeredo (1990/1992) para serem aprovadas ou não. A maioria dos atuais 41 vereadores não tinha mandato à época, mesmo assim terão que dar o veredicto. O relatório da prestação de contas foi enviado, nesta semana, pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), órgão responsável pelo parecer técnico de contas de prefeitos, secretários e governador.

A matéria poderá entrar na pauta extra da semana que vem. Embora seja período de recesso (30 dias), o presidente da Casa, Wellington Magalhães (PTN), convocou sessões extraordinárias para toda a semana que vem, ou até serem votados os projetos em pauta. Pelo atraso no envio das contas, os vereadores deverão só seguir o parecer do TCE, que opinou pela aprovação, mas não explica as razões do "esquecimento".

O Tribunal de Contas ou a Câmara nunca reprovaram as contas de prefeito de BH. O que causou espécie é o tempo entre o fim do mandato e a chegada das contas. Depois de Azeredo, já foram prefeitos Patrus Ananias (1993-1996), Célio de Castro (1997-2001), Fernando Pimentel (2001-2008) e Márcio Lacerda (desde 2009).

Depois que foi prefeito, o tucano Eduardo Azeredo já foi governador (1995-1998) e teve as contas aprovadas, senador por oito anos e deputado federal. Teve suas contas de campanha para a reeleição, quando foi derrotado por Itamar Franco, aprovadas pela Justiça Eleitoral, mas até hoje é réu no processo conhecido por mensalão do PSDB que o acusa de envolvimento com uso de recursos de estatais para a campanha em 1998. Ele contesta sua participação no esquema.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Telegramas do Itamaraty: veja o que Lula fazia em suas viagens pelo mundo

Reprodução de telegrama de 2007, relatando viagem de Lula à Alemanha

A pedido da imprensa, o Itamaraty divulgou mais de 2 mil páginas de telegramas dos seus diplomatas entre 2003 e 2010, em que embaixadores e funcionários do Ministério das Relações Exteriores relatam suas atividades. Não se tratam de todos os telegramas desse período: o pedido da imprensa foi direcionado às trocas de mensagens que citassem empresas brasileiras, com o objetivo de encontrar irregularidades.

No entanto, as mensagens revelam uma atuação altiva e de primeiro nível do Brasil em defesa dos interesses nacionais e pela construção de um mundo de relações mais equilibradas. Talvez por isso, os jornalistas que pediram o material o tenham tornado público na íntegra, mas sem ainda terem feito matérias sobre ele.

Ainda em 2005, segundo ano do governo Lula, os resultados da prioridade à América Latina nas relações políticas e comerciais já demonstrava resultado. Em relato sobre encontro bilateral com o Peru, o embaixador brasileiro destaca que, de 2001 a 2004, o intercâmbio comercial entre os dois países cresceu 90% (de US$ 517 milhões anuais para US$ 980 milhões). Também em 2005, Lula foi ao Panamá negociar um centro de distribuição de produtos brasileiros no país, que conta com o principal acesso marítimo de transferência entre os oceanos Atlântico e Pacífico.

Em 2009, na descrição de uma rodada preparatória para encontro entre os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Venezuela, Hugo Chávez, os diplomatas relembram que, durante a pior crise econômica desde a década de 1930, as boas relações entre os dois países ajudaram o país a postergar os efeitos da crise: à época, a Venezuela foi o segundo país gerador de superávit comercial para o Brasil, atrás apenas da China. Dos US$ 3,3 bilhões em intercâmbio comercial entre os dois países naquele ano, 90% eram exportações brasileiras --a Venezuela, cuja economia é dependente do petróleo, não produz diversos bens que o Brasil vende.

O sucesso das parcerias binacionais levaram o Chile, da presidenta Michelle Bachelet, a convidar, em 2009, o Brasil e as empresas brasileiras a integrar o projeto de túnel ferroviário de baixa altitude que ligaria o país à Argentina e melhoraria a circulação de bens no cone sul.

Em 2010, telegramas relatam como o governo Lula deu início à preparação de extenso tratado de livre comércio com o México, considerado prioritário para as relações entre os dois países. Em maio deste ano, durante visita ao país, a presidenta Dilma Rousseff deu andamento aos ajustes necessários para que o acordo seja mutuamente benéfico para os dois países.

MPF condena governo do PT a pagar pelos desvios de Aécio e Anastasia em verbas do SUS.

Pouca gente se atentou para um detalhe que faz pelo menos parte do Poder Judiciário o paraíso dos tucanos.

Uma ação civil até constrange por um dia no noticiário Aécio Neves (PSDB-MG) e Antônio Anastasia (PSDB-MG), mas os dois saem ilesos e impunes, e quem é condenado na prática é o governador Fernando Pimentel (PT-MG), que não teve nada a ver com o assunto.

O MPF moveu uma ação civil reconhecendo que os governos de Aécio Neves (PSDB) e Antônio Anastasia (PSDB) em Minas Gerais desviaram R$ 14 bilhões de verbas do SUS para outras áreas entre 2003 e 2012. Ótimo e muito justo reconhecer isto, ainda que tardiamente.

Só que a ação, quanto aos dois tucanos, se limita a narrar os malfeitos e fazer críticas, incluindo engavetamentos anteriores do Ministério Público Estadual. Mas nem Aécio, nem Anastasia serão réus para responderem pelo que fizeram.

O réu será o Estado de Minas Gerais. Ou seja, a própria vítima dos tucanos vira réu.

A ação propõe condenar o Estado de Minas a repor, só a partir de agora, o dinheiro para o SUS depois de uma década de desvios.

Ação só proposta depois do governo tucano perder as eleições e um governador petista assumir o governo de Minas.

Em tempo: Não estou criticando os Procuradores que propuseram esta Ação agora, e que podem ter agido com total espírito público e a melhor das intenções, mas a crítica vale para os membros do Ministério Público que não agiram antes e aos que agiram para engavetar estas denúncias que são antigas.

Vamos desenhar: o atual governador, Fernando Pimentel (PT), que assumiu o cargo há seis meses, além de cumprir a lei que seus antecessores tucanos não cumpriram, aplicando as verbas da saúde corretamente, sem desvios, somado ao dever que já tem com a população de fazer o possível e o impossível para melhorar o atendimento no SUS, ainda teria de ter dinheiro a mais no orçamento para cobrir o rombo bilionário na saúde produzido por seus dois antecessores por uma década.

Sobra para Pimentel uma dívida equivalente a 3 anos e 4 meses de verbas para a saúde que os tucanos desviaram do SUS. Para quitar em seu mandato, Pimentel teria que praticamente dobrar o orçamento obrigatório da saúde, de 12% da receita de Minas para 24%, todos os meses, desde agora até o fim de seu mandato. Coisa impossível.

A ação civil do MPF pede para transformar os desvios da era tucana em dívida para ser paga no governo Pimentel em diante, pedindo retenção de verbas federais, para ficarem sob intervenção do Poder Judiciário.

Ora, se o MPF está convertendo em dívida o que não foi contabilizado desta forma pelos governos tucanos, configura grave fraude nas contas públicas praticada nos governos tucanos, a princípio tão grave como o escândalo da emissão fraudulenta de precatórios na década de 1990. Como pode, então, não haver fraudadores como réus?

E as outras consequências como a violação da Lei de Responsabilidade Fiscal e dos limites de endividamento do estado estourado ao reconhecer que houveram estas dívidas? Aécio e Anastasia vão continuar inimputáveis?

Se os dois ex-governadores tivessem desviado o dinheiro do SUS para algum fundo ou conta do Estado de Minas, com saldo disponível hoje, Pimentel (ou qualquer outro governador) teria o maior prazer em investir R$ 14 bilhões a mais na saúde, se consagrando popularmente com as realizações.

Mas Aécio e Anastásia não deixaram fundo nenhum disponível, pelo contrário deixaram uma situação calamitosa nas finanças públicas. Já deram sumiço no dinheiro que deveria ter ido para o SUS há muito tempo, torrado em outras áreas. Torraram dinheiro com propaganda, inclusive nas rádios da família de Aécio, com os aeroportos nas cidades de Cláudio e Montezuma, com um Centro Administrativo faraônico que não era prioridade, com festas para a CBF em jogos amistosos no Mineirão, com helicópteros, e tantas outras coisas menos prioritárias.

Na prática, esta ação do MPF oficializa uma "pedalada" bilionária de Aécio e Anastasia para além de seus governos. Os tucanos produziram o rombo por mais de uma década, e quem é condenado a cobrir é o sucessor, com um dinheiro que não existe mais.

Pimentel paga o pato, e os dois tucanos escapam de fininho, impunes, podendo continuar sorrindo à vontade da nossa cara.

A íntegra da Ação do MPF está aqui.

Em entrevista, Dilma diz que é vítima de preconceito por ser mulher



A presidenta Dilma  deu uma entrevista ao jornal americano The Washington Post em que diz estar preocupada com o aumento do desemprego. Ela acredita na recuperação da economia a partir de 2016 e destacou que sofre preconceito de gênero na avaliação de sua administração.

A entrevista foi concedida na quarta-feira (24), no Palácio da Alvorada, e publicada na noite de ontem (25) no site do Washington Post.

Dilma defendeu o ajuste fiscal e disse que a mudança no rumo da política econômica do país não é uma decisão do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, mas de governo. “Estamos absolutamente certos de que é essencial colocar em prática todas as medidas necessárias, não importa quão duras elas sejam, para retomar as condições de crescimento no Brasil. Algumas medidas são fiscais, outras são estruturais”, disse a presidenta à jornalista Lally Weymouth.

Ela destacou que está preocupada com o aumento do desemprego, mas que uma taxa de desocupação entre 6% e 7% não é alta. “É claro que eu me preocupo com isso, me preocupei desde o primeiro dia. Houve um aumento do desemprego nos últimos dois meses. Mas antes disso, já tínhamos criado 5,5 milhões de empregos. Queremos realizar um ajuste rápido porque queremos reduzir o efeito do desemprego”.

Perguntada sobre a queda na aprovação de seu governo, Dilma afirmou que o tema a preocupa, mas não a faz “perder os cabelos”.

“Você tem que conviver com as críticas e com o preconceito. Eu não tenho qualquer problema em assumir: quando se comete um erro, deve-se mudar. Em qualquer atividade, incluindo o governo, você deve incessantemente fazer ajustes e mudanças. Se você não fizer, a realidade não vai esperar por você. O que muda é a realidade”, frisou Dilma.

A presidenta também reclamou do que considera preconceito de gênero em algumas avaliações de sua gestão ao ser perguntada pela jornalista sobre sua fama de “micromanager”, termo para definir um chefe centralizador ou controlador.

“Alguma vez você já ouviu alguém dizer que um presidente do sexo masculino coloca o dedo em tudo? Eu nunca ouvi falar disso”, comparou. “Eu acredito que há um pouco de preconceito sexual ou um viés de gênero. Sou descrita como uma mulher dura e forte que coloca o nariz em tudo e estou cercada de homens meigos”, contestou.

Dilma também respondeu a perguntas sobre o esquema de corrupção na Petrobras. Ela disse que não tinha conhecimento das denúncias quando era ministra de Minas e Energia e presidia o Conselho de Administração da estatal. A presidenta voltou a dizer que a investigação só foi feita em seu governo. “Você não costuma ver a corrupção acontecendo. Isso é típico de corrupção, ela se esconde”.

Em relação a visita aos Estados Unidos, que inclui um encontro de trabalho com o presidente Barack Obama, Dilma disse que espera estreitar relações com o país nas áreas de ciência, tecnologia e inovação, além de destacar que os Estados Unidos são os principais responsáveis pelo investimento privado no Brasil. “Esperamos também cooperação no campo da educação, principalmente no ensino primário”.

Dilma também defendeu a ampliação de cooperação com países emergentes, com o Mercosul como “uma grande conquista”, e disse que o Brasil tem uma “dívida social e cultural” com o continente africano.

“A África será sempre um continente onde teremos que desempenhar um papel ativo, porque temos uma dívida humana, social e cultural em relação a África. Cinquenta e dois por cento da população brasileira se declaram de origem negra. Somos o maior país negro fora da África. As nossas relações com a África são, em última instância, uma reabilitação da nossa história passada, considerando as práticas de escravidão que prevaleceu no nosso país desde o século 16. Este país viveu sob a escravidão até 1888, e deve superar a ferida histórica deixada pela escravidão”, avaliou.

A presidenta embarca amanhã (27) para os Estados Unidos. A agenda inclui compromissos em Nova York com empresários; a reunião de trabalho com Obama, em Washington; e visitas a sede do Google, ao Centro de Pesquisas da Nasa e à Universidade Stanford, todos na Califórnia. Dilma deve retornar ao Brasil na manhã de quinta-feira, 2 de julho.(Agência Brasil)

Ministério Público Federal cobra R$ 14 bi à saúde devidos por Aécio e Anastasia

De acordo com o MPF, o governo estadual fez manobras contábeis - ou seja, pedaladas -  para aparentar o cumprimento da EC 29.

O Ministério Público Federal entrou com ação civil pública na Justiça cobrando do governo do Estado o repasse de R$ 14,2 bilhões para a área de saúde. Segundo a Procuradoria da República em Minas, este é o montante que deixou de ser investido entre 2003 e 2012 nos governos dos tucanos Aécio Neves e Antonio Augusto Anastasia - atualmente senadores - em descumprimento à Emenda Constitucional 29, que obriga aplicação mínima de 12% do orçamento na área.

Os procuradores afirmam na ação que no período de 10 anos ocorreram também manobras contábeis para aparentar o cumprimento da emenda "em total e absurda indiferença ao Estado de Direito". Segundo os autores, "R$ 9,5 bilhões deixaram de ser aplicados no Sistema Único de Saúde (SUS) pelo governo mineiro, quantia que, em valores atualizados, corresponde a um desfalque de R$ 14,2 bilhões.

A ação diz que os governos tucanos, com o objetivo de inflar dados, incluíram gastos estranhos à saúde para simular o cumprimento da obrigação de investir o mínimo constitucional. Os procuradores afirmam que foram computados como gastos para cumprir a Emenda 29 "despesas com animais e vegetais", pois o Estado incluiu na rubrica verbas direcionadas ao Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e à Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam).

'Serviços veterinários'

Conforme a ação, o governo mineiro "chegou ao absurdo de incluir" como se fossem aplicações em saúde serviços veterinários prestados a um canil da Polícia Militar, além de ter colocado na rubrica gastos com aquisição de medicamentos para uso veterinário.

Os governos também lançaram como gastos em saúde investimentos da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa). Conforme os procuradores, isso não poderia ocorrer, já que a própria empresa informou que os gastos eram feitos com recursos das tarifas pagas pelos consumidores. "Além disso, a Copasa sequer integra o orçamento fiscal do Estado, pois se trata de uma pessoa jurídica de direito privado", diz a ação.

O Ministério Público Estadual chegou a ajuizar, em 16 de dezembro de 2010, ação civil pública por ato de improbidade administrativa contra o ex-governador Aécio Neves e Maria da Conceição Barros de Rezende, então contadora-geral do Estado, por causa das inclusões de despesas da Copasa no cálculo do mínimo constitucional.

Em grau de recurso, porém, o Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJ-MG), determinou a intimação pessoal do então procurador-geral de Justiça, Alceu Torres Marques, para endossar a ação inicial, caso quisesse - a ação havia sido proposta por promotores, que, na avaliação dos desembargadores não poderiam investigar o governador. A apuração, no caso, caberia exclusivamente ao procurador-geral, que tem prerrogativa para atuar no caso. Torres, no entanto, se negou a assinar o texto sob a alegação de que não vislumbrava lesão ao patrimônio público.

Os promotores recorreram alegando que Aécio não era mais governador. O tucano já havia deixado o cargo para se candidatar nas eleições de 2010. Mesmo assim, o processo foi extinto. Em 2014, Torres chegou a participar do governo de Alberto Pinto Coelho (PP), vice de Anastasia que assumiu o governo quando o tucano deixou o cargo para se candidatar a senador, no ano passado. O ex-procurador-geral foi secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.

Tribunal de Contas

Procurados, Aécio e Anastasia não  não quiseram falar sobre o assunto. Em nota, o PSDB de Minas afirmou que os cálculos feitos pelos governos tucanos sãos os mesmos adotados pelo governo federal

O governo de Fernando Pimentel, que poderá vir a arcar com os investimentos não realizados, conforme prevê a ação do MPF, não se posicionou sobre o assunto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Governo Tucano deixou de aplicar mais de R$ 14 bilhões na saúde em Minas, diz MPF


Em 19 de dezembro de 2003, o MPF recomendou ao então governador do Estado, Aécio Neves, a inclusão na proposta orçamentária para o ano de 2004 dos recursos necessários para cumprimento do mínimo constitucional, até porque já haviam sido incluídas na rubrica do SUS despesas sem nenhuma relação com a saúde, como pagamento de precatórios, sentenças judiciais, encargos previdenciários, gastos com Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, etc..

Naquela ocasião, o MPF havia apurado que nos primeiros anos de vigência da EC 29, em 2000, 2001 e 2002, o Estado de Minas Gerais já deixara de aplicar os percentuais de 3,26%, 1,09% e 3,01, acumulando um déficit de R$ 665.240.982,00.

 O Ministério Público Federal (MPF) ingressou com ação civil pública contra o Estado de Minas Gerais por descumprimento da Emenda Constitucional 29/2000, que fixou a obrigatoriedade de aplicação do percentual mínimo de 12% do orçamento em ações e serviços de saúde pública, como atendimentos de urgência e emergência, investimentos em equipamentos e obras nas unidades de saúde, acesso a medicamentos e implantação de leitos.

De acordo com a ação, o governo estadual, por 10 anos, entre 2003 e 2012, descumpriu sistematicamente preceitos legais e constitucionais, "em total e absurda indiferença ao Estado de Direito", efetuando manobras contábeis para aparentar o cumprimento da EC 29.

Na prática, "R$ 9.571.062.581,53 (nove bilhões, quinhentos e setenta e um milhões, sessenta e dois mil reais e cinquenta e três centavos) deixaram de ser aplicados no Sistema Único de Saúde (SUS) pelo Estado de Minas Gerais", quantia que, em valores atualizados, "corresponde a um desfalque de R$ 14.226.267.397,38".

Quem é o exótico autor do HC usando o nome de Lula?


O autor do Habeas Corpus em nome do presidente Lula, sem que o ex-presidente soubesse, foi um cidadão de Campinas de nome Maurício Ramos Thomaz.

Thomaz já impetrou dezenas de outros HC (talvez centenas, se buscar nos diversos tribunais) e outros tipos de petições em nome de outras pessoas famosas, sem que a pessoa soubesse.

Um dos casos foi defender Diogo Mainardi, também sem pedir licença, quando o ex-colunista da Veja foi processado por Paulo Henrique Amorim. Pediu trancamento de ações penais de diversos réus da AP470, também sem conhecimento deles. Outro alvo recente de sua "boa vontade" foi Nestor Cerveró.

Teve boa intenção, no caso de Lula? Foi instrumentalizado pela oposição? Quis apenas aparecer? Problemas psiquiátricos? Um pouco de uma coisa e um pouco de outra?

Apesar desta sua ação só servir para a oposição e para o PIG atacarem o presidente Lula, é difícil saber o que se passou pela cabeça dele e quais foram suas intenções, até agora.

Uma rápida pesquisa mostra que Maurício Ramos Thomaz tem uma personalidade bastante exótica.

Mereceu um capítulo inteiro no livro do jornalista Caio Túlio Costa descrevendo sua experiência de dois anos como primeiro Ombudsman do jornal Folha de São Paulo, em 1989.

Caio Túlio descreve Maurício Ramos Thomaz como seu mais obstinado leitor (e da Folha) naquele período, escrevendo quase que diariamente, às vezes cartas de 12 páginas, opinando e criticando sobre tudo que saía no jornal, seja nas cartas dos leitores, seja para o próprio ombudsman, tendo inclusive polemizado com Delfim Neto, que o citou em um artigo. Era morador de Mozambinho (MG), ávido leitor do jornal e de livros, com boa bagagem intelectual, socialista, petista, inteligente, e às vezes presunçoso, segundo a narrativa Túlio. Isto em 1989.

Túlio diz que o apelidou de "positivista empedernido" em um momento de irritação, mas trata Thomaz com carinho, dizendo que foi o ombudsman do ombudsman, em sua gestão.

O capítulo termina dizendo que se afastaram e a última vez que se falaram (o livro é de 2006), Thomaz vivia no interior de São Paulo tentando o jornalismo e enfrentava sérios problemas com a justiça, inclusive com mandado de prisão contra ele. Telefonou pedindo ajuda, mas sem deixar muito claro o que havia, segundo Túlio.

Talvez este episódio do mandado de prisão, aliado à uma busca pela fama, explique a obsessão Thomaz por HC's alheios para famosos.

A notícia interessante deixou de ser Lula, que acabou se tornando vítima de um ato de terceiros, explorado pela oposição que quer desgastá-lo. Falta explicar se este ato foi feito sem ou com má intenção, e se foi um ato solitário ou induzido por alguém da oposição.

A reportagem interessante é Maurício Ramos Thomaz.

"Alguém" plantou um HC conspirando contra Lula. Caiado é "o primeiro a saber".

"Alguém" plantou um Habeas Corpus (HC) na Justiça Federal do Paraná usando o nome do presidente Lula, sem ele saber, no final da tarde de ontem (24).

O HC foi plantado de forma eletrônica às 16h20, o que significa que pode ter sido feito por qualquer um, até em uma lan-house, por qualquer pessoa que tenha conhecimento destes trâmites judiciais.

Coincidentemente o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) foi o "primeiro a saber" e a espalhar através de seu twitter e facebook.

Lula só ficou sabendo hoje pela imprensa, quando repórteres procuraram o Instituto Lula perguntando sobre o ocorrido.

Lula não entrou com nenhum habeas corpus (e nem tem lógica entrar porque não existe nenhum motivo jurídico que justificasse, apesar dos esforços do PIG em inventá-los).

O poder judiciário permite que qualquer pessoa entre com este tipo de ação usando o nome de outro, coisa que talvez precise passar a ser melhor regulamentada a partir deste fato.

A mentira tem pernas tão curtas que, além de não ter nome de advogados no site da Justiça Federal, o HC está registrado como se Lula não tivesse mais de 60 anos. Fosse um advogado constituído para defender seu cliente jamais deixaria esta informação de lado, pois quem tem mais de 60 anos tem atendimento prioritário na Justiça.

Tão logo ficou sabendo, Lula mandou seu advogado ingressar nos autos e requerer expressamente desconsiderar o habeas corpus.

O Instituto Lula emitiu nota suspeitando tratar-se de "algum provocador" para gerar um factóide.

Pode ser bem mais do que um factóide, pois tudo indica trata-se de clara tentativa de difamação usando, de má-fé, recursos do poder judiciário.

Pobre da oposição que precisa de mentiras sobre oponentes para aparecer. Foi assim no boato falso sobre a Friboi, sobre o boato falso da volta do câncer, e sobre tantos outros. É assim com mais este boato falso.

O povo não é bobo igual imagina Caiado, Aécio e sua turma. E o povo se já não gosta de parlamentares inúteis que só sabem fazer intrigas, gosta menos ainda de mentiras e de mentirosos.

E até o juiz Moro apareceu para desmentir Caiado e imprensa

A CPI invisível da matança de pobres e pretos, e a demagogia suicida sobre maioridade


Pouca gente sabe que existem duas CPIs em andamento no Congresso Nacional que tratam da violência e da segurança pública. Uma é a "CPI do Assassinato de Jovens" no Senado. Outra, na Câmara, é mais específica até no nome: "CPI da Violência Contra a Juventude Negra e Pobre".
 Mas estas CPIs são "invisíveis" nas manchetes e merecem cobertura marginal no noticiário da mídia oligopólica, não alimentando o debate popular, nem angariando mais apoio para implementar políticas públicas que ataquem o problema, principalmente pela raiz. O efeito da violência é matéria prima diária nos programas de TVs sensacionalistas em busca de audiência, mas a busca de soluções sérias para as causas não merecem.... Continue lendo aqui

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Nova equipe de comunicação no governo Dilma


As áreas de comunicação do governo Dilma vai passar por uma reformulação nas próximas semanas. O ministro Edinho Silva,  vai fazer substituições na Secretaria de Comunicação Social, inclusive trocando auxiliares que hoje têm acesso direto à presidente Dilma Rousseff por nomes que já integraram a equipe durante o governo Lula.

O jornalista Nelson Breve deixará a presidência da Empresa Brasileira de Comunicação ( EBC), responsável pela TV Brasil, para assumir a Secretaria de Imprensa do Planalto, cargo que ocupou no segundo mandato do ex- presidente. Outro que voltará ao mesmo posto que ocupou com Lula é o diplomata Carlos Villanova, no comando do Departamento de Relações com a Imprensa Internacional

Aécio, Caiado e Agripino tripudiam da democracia


Nem tudo está perdido. A imprensa, ainda dá, um pequeno, espaço para texto inteligente,Reproduzo aqui no blog um excelente artigo do repórter Marcus Vinicius, do  Diário da Manhã (Jornal de Goiás),  que diz tudo aquilo que  já escrevemos por aqui....
Senadores, que no passado usufruíram da ditadura, nunca visitaram presos políticos ou presos comuns no Brasil e ferem direito internacional ao interferir em assuntos de outro país

Nos anos de chumbo da ditadura militar, os senadores que protagonizaram o fiasco diplomático na Venezuela estavam à sua maioria ao lado do regime militar. Não se tem notícias de que, na sua juventude, estes senadores, todos acima da casa dos 50 anos,  tenham feito visitas aos presos políticos brasileiros. Na trupe formada por Aécio Neves (PSDB-MG), Ronaldo Caiado (DEM-GO), Agripino Maia (DEM-RN), Cassio Cunha Lima (PSDB-PB), Ricardo Ferraço (PMDB-ES), José Medeiros (PPS-MT) e Sérgio Petecão (PSD-AC) há apenas uma exceção: o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), que participou da esquerda armada, onde foi motorista do ex-deputado federal Carlos Marighela (PCB-BA), o líder da ALN (Aliança Libertadora Nacional).

A visita atabalhoada à Venezuela foi um completo desatino de uma oposição que só tem plantado ódio, conforme denunciou ontem, nas páginas do Diário da Manhã, a senadora Lúcia Vânia, que deixa o PSDB para iniciar nova caminhada política no PSB:

– “Não acredito em uma oposição movida a ódio; preocupa-me a interpretação que parte da oposição faz da indignação das ruas. Na minha opinião este confronto que se estabeleceu no Congresso Nacional entre oposição e situação, para dar respostas a uma sociedade órfã de lideranças, é simplesmente irracional”.

A lucidez de Lúcia Vânia contrasta com a irascibilidade do presidente do PSDB, Aécio Neves, partido o qual Lúcia deixa, depois de uma militância de mais de duas décadas, onde foi eleita deputada federal e senadora por dois mandatos.

Aécio insiste na agenda do ódio, que levou outros expoentes da oposição golpista ao ridículo. Kim Kataguiri, autodeclarado líder do Movimento Brasil Livre (MBL), passou vários vexames com a sua marcha rumo a Brasília para pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). O primeiro vexame é que o movimento não reuniu ninguém. Micou. Apenas 12 pessoas acompanharam-no de São Paulo até o Congresso Nacional. Próximo a Brasília, em Alexânia, Kataguari sofreu um acidente e teve que ser socorrido por uma ambulância do Samu. Logo ele que prega a privatização total, inclusive dos serviços de saúde e de educação.

Depois foi a vez de Marcelo Reis, alter-ego do movimento Revoltados On Line, protagonizar outro ato de insensatez, ao invadir o hotel Pestana, em Salvador (BA), onde estava sendo realizado o V Encontro do PT. Vestindo uma camiseta escrita “Impeachment”, Reis esperava ser agredido pelos petistas. Se deu mal. Não sofreu nenhum catiripapo e saiu vaiado com o rabo entre as pernas. Não se dando por vencido, ampliou a noção de ridículo, postando nas redes sociais uma foto onde aparece enfaixado de manhã, porém, à noite, aparece em outra foto completamente sadio e sem ferimentos, ao lado de duas beldades na noite de Salvador.

Aécio Neves foi funcionário no gabinete do pai, Aécio Ferreira da Cunha, eleito deputado federal por seis mandatos pela Arena e pelo PDS, partidos de apoio à ditadura. Aécio admitiu que foi contratado para trabalhar em Brasília, embora residisse no Rio de Janeiro em 1980. Não consta na sua biografia que tenha visitado qualquer preso político no Dops do Rio neste período. Ronaldo Caiado, cujo pai e familiares apoiaram o golpe contra o presidente João Goulart (PTB-RS) e contra o governador Mauro Borges (PSD-GO), também nunca foi defensor dos direitos humanos.

 Ao contrário, como estudante, em Paris, engajou-se nos movimentos de extrema-direita liderados por Jean Marie Le Pen. José Agripino Maia, prefeito imposto pela ditadura em Natal (RS) entre 1979 e 1982, foi desmascarado pela presidente Dilma Rousseff, em 2010, quando questionou a então ministra do Gabinete Civil se era verdade que ela tinha mentido durante inquérito feito pela ditadura. Dilma respondeu que tinha orgulho de ter mentido sob tortura para salvar companheiros da luta pela democracia, e deixou claro que enquanto ela estava presa, ele, Agripino, estava do outro lado, apoiando os generais e as torturas contra presos políticos.

Por tudo isto, e muito mais, a viagem dos senadores oposicionistas à Venezuela merece desprezo dos brasileiros de hoje e de ontem. O que diria o Barão do Rio Branco, fundador da doutrina que norteia o Itamaraty, na consagrada política brasileira de respeito a autodeterminação dos povos?

É chegada a hora, como bem expôs Lucia Vânia, da oposição parar com factoides e apresentar propostas concretas ao Brasil. Fazer papel de bobo na Venezuela ou sair em passeatas vestido de Batman não vai mudar nada na realidade do povo brasileiro.

Aécio, cujo pai sempre militou contra Tancredo Neves,  deveria inclusive ter vergonha de usar o nome do tio-avô famoso para fazer política, pois Tancredo Neves tinha inúmeras qualidades, entre as quais, coragem cívica. Tancredo ficou ao lado de Getúlio Vargas até o fim, lutando contra a tentativa de golpe da República do Galeão e do Corvo, Carlos Lacerda. Tancredo também não abandonou João Goulart. Lutou até o fim contra os golpistas, xingando Ranieri Mazzili: “Canalha, canalha, canalha!”, quando este declarou vaga a presidência da República, consumando a deposição de Goulart.

Falta esta hombridade e coragem cívica a Aécio, que inclusive esquivou-se de participar das marchas factoides pela deposição de Dilma ou de receber os líderes pagos do golpe como os internautas playboys  Kim Kataguari e Marcelo Reis.

Em nome da dignidade, Aécio deveria parar de fazer o Brasil e a política brasileira passarem vexames como a fracassada ida a Caracas.

PATAQUADA DE AÉCIO E CAIADO NA VENEZUELA QUEIMOU CERCA DE R$ 40 MIL SÓ EM GASOLINA

ALÉM DO DESPERDÍCIO DE COMBUSTÍVEL, PAGO PELO CONTRIBUINTE, VIAGEM DOS SENADORES EXPÔS POLÍTICA EXTERNA AO RIDÍCULO, NÃO PRODUZIU NENHUM FATO POSITIVO E MOSTROU INCAPACIDADE POLÍTICA DA OPOSIÇÃO